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3 fatos para hoje: inflação na zona do euro; conta de luz e China

Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) manteve a bandeira verde em novembro para todos os consumidores conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

1 – Atividades de indústria e serviços da China têm contração por restrições contra a Covid

A atividade industrial da China contraiu inesperadamente em outubro, pressionada pelo abrandamento da demanda global e pelas rigorosas restrições internas contra a Covid-19, que afetaram a produção, as viagens e o transporte marítimo na segunda maior economia do mundo.

Embora o crescimento econômico da China tenha superado as expectativas no terceiro trimestre, as persistentes limitações contra a Covid-19, uma queda prolongada no setor imobiliário e os riscos de recessão global estão abalando um renascimento mais robusto na atividade industrial e no consumo.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI) de indústria oficial da China caiu para 49,2 de 50,1 em setembro, disse o Escritório Nacional de Estatísticas (NBS) nesta segunda-feira.

O resultado foi inesperadamente abaixo da marca dos 50 pontos que separa o crescimento da contração, uma vez que os economistas consultados em uma pesquisa da Reuters previam que o chegaria exatamente aos 50,0.

“Os PMIs oficiais apontam para uma nova perda de impulso neste mês, pois as interrupções pelo vírus pioraram e as encomendas de exportação permaneceram sob pressão”, disse Zichun Huang, economista da Capital Economics.

“Com a política de Covid zero aqui para ficar, pensamos que a economia continuará em dificuldades rumo a 2023.”

Separadamente, o PMI não-manufatureiro, que analisa a atividade do setor de serviços, caiu de 50,6 em setembro para 48,7.

Desde a semana passada, 31 cidades implementaram vários níveis de lockdowns ou algum tipo de medida de controle, afetando cerca de 232 milhões de pessoas, disse o Nomura em nota.

Os economistas vêem a atual política da China de Covid zero como uma grande restrição econômica e preveem que as restrições permanecerão em vigor por algum tempo após o Congresso do Partido Comunista deste mês.

2 – Inflação da zona do euro supera expectativa e atinge novo recorde

A inflação da zona do euro superou as expectativas mais uma vez este mês para atingir um recorde, o que indica novos aumentos das taxas de juros pelo Banco Central Europeu uma vez que as pressões sobre os preços parecem estar se ampliando.

O aumento dos preços ao consumidor nos 19 países que compartilham o euro acelerou para 10,7% em outubro, de 9,9% um mês antes, superando as expectativas em pesquisa da Reuters de 10,2%, já que a inflação na Alemanha, Itália e França subiu mais do que o esperado, mostraram nesta segunda-feira dados do Eurostat.

Os preços da energia continuaram a impulsionar a inflação, mas os alimentos e os bens industriais importados também pressionaram os preços, mesmo que os serviços tenham desempenhado apenas um papel marginal desta vez.

O BCE aumentou os juros em um total de 2 pontos percentuais nos últimos três meses e prometeu um aperto adicional já em dezembro. Mas os mercados começaram a antecipar uma desaceleração no aumento das taxas devido à perspectiva de recessão e à queda dos preços do gás de níveis recordes.

Mas as autoridades devem se preocupar que o crescimento do núcleo dos preços, que elimina a volatilidade dos preços de alimentos e combustíveis, tenha continuado a acelerar, apontando para a ampliação das pressões sobre os preços, o que aumenta o risco de que a alta inflação se enraíze.

De fato, a inflação excluindo alimentos não processados e energia acelerou para 6,4% de 6,0%, enquanto uma medida ainda mais restrita, que também filtra o álcool e o tabaco, subiu de 4,8% para 5,0%.

3 – Aneel mantém bandeira tarifária verde para novembro

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) manteve a bandeira verde em novembro para todos os consumidores conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Com a decisão, não haverá cobrança extra na conta de luz pelo sétimo mês seguido.

A conta de luz está sem essas taxas desde o fim da bandeira de escassez hídrica, que durou de setembro de 2021 até meados de abril deste ano. Segundo a Aneel, na ocasião, a bandeira verde foi escolhida devido às condições favoráveis de geração de energia.

Caso houvesse a instituição das outras bandeiras, a conta de luz refletiria o reajuste de até 64% das bandeiras tarifárias aprovado no fim de junho pela Aneel <>. Segundo a agência, os aumentos refletiram a inflação e o maior custo das usinas termelétricas neste ano, decorrente do encarecimento do petróleo e do gás natural nos últimos meses.

Bandeiras Tarifárias

Conta de luz (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
Conta de luz (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Criadas em 2015 pela Aneel, as bandeiras tarifárias refletem os custos variáveis da geração de energia elétrica. Divididas em níveis, as bandeiras indicam quanto está custando para o SIN gerar a energia usada nas casas, em estabelecimentos comerciais e nas indústrias.

Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, significa que a conta não sofre qualquer acréscimo. Quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre acréscimos, que variam de R$ 2,989 (bandeira amarela) a R$ 9,795 (bandeira vermelha patamar 2) a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Quando a bandeira de escassez hídrica vigorou, de setembro de 2021 a 15 de abril deste ano, o consumidor pagava R$ 14,20 extras a cada 100 kWh.

O Sistema Interligado Nacional é dividido em quatro subsistemas: Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte. Praticamente todo o país é coberto pelo SIN. A exceção são algumas partes de estados da Região Norte e de Mato Grosso, além de todo o estado de Roraima. Atualmente, há 212 localidades isoladas do SIN, nas quais o consumo é baixo e representa menos de 1% da carga total do país. A demanda por energia nessas regiões é suprida, principalmente, por térmicas a óleo diesel.

*Com Reuters, Agência Brasil e Estadão Conteúdo

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