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Economia

3 fatos para hoje: PIB da China cresce; novo ticker da Allos e Sabesp

Tarcísio diz que estado de SP continuará a ser um dos principais acionistas da Sabesp.

Crescimento do PIB da China no 3° tri e atividade de setembro mostram que recuperação econômica está ganhando força

A economia da China cresceu em um ritmo mais rápido do que o esperado no terceiro trimestre, enquanto o consumo e a atividade industrial em setembro também surpreenderam positivamente, sugerindo que a recente enxurrada de medidas estatais está ajudando a reforçar uma tentativa de recuperação.

O rápido enfraquecimento do crescimento na segunda maior economia do mundo desde o segundo trimestre levou as autoridades a intensificar suas medidas de apoio, com o lote de dados desta quarta-feira indicando que o estímulo está começando a ganhar força, embora uma crise imobiliária e outros ventos contrários continuem a representar riscos para as perspectivas.

O Produto Interno Bruto (PIB)  chinês cresceu 4,9% no período de julho a setembro em relação ao mesmo período do ano anterior, mostraram os dados divulgados pelo Escritório Nacional de Estatísticas, contra expectativas de analistas em uma pesquisa da Reuters de aumento de 4,4%. Ainda assim, o avanço foi mais lento do que a expansão de 6,3% no segundo trimestre.

Em uma base trimestral, o PIB cresceu 1,3% no terceiro trimestre, acelerando em relação aos 0,5% revisados do segundo trimestre e acima da previsão de crescimento de 1,0%.

“Parece que todo esse estímulo está finalmente começando a surtir efeito, com uma ampla melhora no crescimento, nas vendas no varejo, na produção industrial e no desemprego”, disse Matt Simpson, analista sênior de mercado do City Index.

O governo está caminhando em uma corda bamba ao tentar restaurar o equilíbrio econômico, com as autoridades de política monetária tendo que lidar com uma crise imobiliária doméstica, o alto índice de desemprego entre os jovens, a confiança deprimida do setor privado, a desaceleração do crescimento global e as tensões sino-americanas sobre comércio, tecnologia e geopolítica.

Nas últimas semanas, Pequim divulgou uma série de medidas, mas sua capacidade de estimular o crescimento foi prejudicada por temores sobre os riscos da dívida e um iuan frágil, que foi duramente atingido este ano devido à ampliação dos diferenciais de rendimento, conforme as taxas de juros globais permanecem elevadas, lideradas pela campanha de aperto do Federal Reserve.

Ainda assim, o impulso da recuperação sugere que a meta de crescimento do governo para todo o ano de 2023, de cerca de 5,0%, provavelmente será alcançada.

“A melhora nos dados econômicos do terceiro trimestre torna menos provável que o governo lance estímulos no quarto trimestre, já que a meta de crescimento de 5% deve ser alcançada”, disse Zhiwei Zhang, economista-chefe da Pinpoint Asset Management.

A produção industrial da China em setembro cresceu 4,5%, mais forte do que o esperado, em relação ao mesmo período do ano anterior, mas o ritmo ficou inalterado frente a agosto, de acordo com dados separados. Analistas esperavam um aumento de 4,3%.

O crescimento das vendas no varejo, um indicador do consumo, também superou as expectativas, aumentando 5,5% no mês passado e acelerando em relação aos 4,6% de agosto. Os analistas esperavam que as vendas no varejo crescessem 4,9%.

Allos passa a negociar na bolsa sob ticker ALOS3 a partir de 25 de outubro

A operadora de shoppings centers Allos, fusão entre a Aliansce Sonae e a brMalls, informou nesta terça-feira (17) que suas ações ordinárias passarão a ser negociadas na bolsa sob o código “ALOS3”, em substituição à “ALSO3”, a partir de 25 de outubro.

A Allos, que já havia informado sobre a mudança na marca, acrescentou em comunicado que a alteração em sua denominação social foi aprovada nesta terça-feira, em Assembleia Geral Extraordinária, assim como o endereço de sua sede.

Obra realizada pela Sabesp em São Paulo 04/03/2015 REUTERS/Nacho Doce

Estado de SP permanecerá um dos principais acionistas da Sabesp em “follow-on”, diz governador

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, disse nesta terça-feira que a privatização da Sabesp não envolverá uma “venda total” da companhia, e que o Estado permanecerá como um dos principais acionistas da empresa.

“A gente não está falando de uma saída total da empresa, não está falando de uma venda total, está falando de uma diluição, de uma operação de ‘follow-on’ onde a gente permanece sendo um dos principais acionistas da empresa”, disse Tarcísio em coletiva de imprensa.

Tarcísio também descartou um eventual aumento de tarifa.

“Como isso é possível? Primeiro, com aporte de dinheiro na companhia… e depois, ao longo do tempo, usando o próprio resultado da empresa, ou seja, aquilo que vem de dividendos para o governo.”

A secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo, Natália Resende, que também participava da coletiva, disse que a expectativa, na verdade, é de redução da tarifa.

Em nota, o governo do Estado de São Paulo disse que tal redução será viabilizada pela criação do “Fundo de Apoio à Universalização do Saneamento”, com pelo menos 30% dos recursos obtidos com a venda de ações da Sabesp, além de parte do lucro com dividendos da empresa destinada ao Tesouro Estadual.

O governo também terá “golden share” que permitirá veto de mudanças no nome da companhia, na sede, no objeto social e no limite do exercício de voto por acionista, acrescentou Resende.

Tanto governador quanto secretária, no entanto, não informaram qual seria o percentual de participação do governo na empresa ou dimensão da redução tarifária — esta última será determinada ao final da fase 1 do processo, de definição regulatória e discussão com as prefeituras.

O projeto de privatização da Sabesp foi enviado à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) nesta terça-feira com caráter de urgência, o que garante celeridade na tramitação. Ele deverá ser votado entre final de novembro e início de dezembro, de acordo com o governador.

Sobre sua aprovação na assembleia, Tarcísio disse estar otimista e acrescentou que eventuais judicializações não terão “fortaleza jurídica”.

“A gente está construindo tudo dentro da legislação”, disse o governador. “Então eu acredito que qualquer judicialização que aconteça, e pode acontecer, vai carecer de amparo jurídico, não vai ter fortaleza jurídica e não deve prosperar.”

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