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Economia

3 fatos para hoje: reunião sobre arcabouço; prejuízo da Light e impacto SVB

Bancos de pequeno porte nos EUA sofrem queda recorde no volume de depósitos, segundo o Federal Reserve.

1 – Reunião sobre arcabouço fiscal

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na véspera que a reforma tributária é um dos caminhos necessários para que o Brasil recupere o tempo perdido na economia, juntamente com a reforma do crédito e a apresentação do novo arcabouço fiscal. Este último, segundo ele, será apresentado esta semana para o público e para o Congresso.

O ministro terá reunião sobre o assunto nesta quarta-feira, 29, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT).

“Não tenho a menor dúvida que a reforma tributária é um dos caminhos necessários para isso (crescimento econômico). Não é único. Precisamos de reforma no sistema de crédito, arcabouço fiscal, que vai ser apresentado nesta semana para o público e para o Congresso”, disse durante a XXIV Marcha dos Prefeitos, organizada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM).

Haddad afirmou que a reforma tributária vai colocar transparência no sistema de cobrança de impostos visto hoje, segundo ele, como entrave ao desenvolvimento. “Reforma tributária está no topo das nossas prioridades, talvez entre as 3 ou 5 mais importantes”, disse.

2 – Após SVB, bancos de pequeno porte nos EUA perdem US$ 100 bi em depósitos

Desde a quebra do Silicon Valley Bank (SVB), os bancos de pequeno porte nos EUA sofreram uma queda recorde no volume de depósitos, mostram dados recentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). O volume recuou mais de US$ 100 bilhões, para US$ 5,46 trilhões na semana encerrada em 15 de março – a maior redução desde março de 2007. Poucos dias depois da falência do SVB, o Signature também teve de fechar as portas ao enfrentar uma corrida de saques.

“Hoje, existe dúvida se ainda há outros bancos em condições semelhantes, o que levou a uma corrida irracional tanto por parte dos acionistas como dos depositantes”, diz Carlos Lobo, sócio do escritório de advocacia americano Hughes Hubbard & Reed LLP.

Para a britânica Capital Economics, a preocupação com a fuga de depósitos deveria ser maior do que com a perda de valor de títulos públicos que os bancos possuem em meio à subida de juros nos EUA. Ambos os fatores combinados levaram o SVB, então 16.º maior banco do país, à bancarrota. Depois de algumas tentativas de venda, o banco foi adquirido pelo First Citizens Bank, com mais de US$ 100 bilhões em ativos e uma história de aquisições.

Reguladores americanos têm adotado medidas de emergência para conter a hemorragia de depósitos e garantir liquidez aos bancos. Também foi iniciado um processo de revisão da supervisão e regulamentação do setor, cujos resultados serão divulgados até 1.º de maio. Novas ações estão em estudo, como a extensão da garantia de depósitos, após cobranças do setor e de megainvestidores como Bill Ackman.

O principal pedido é uma garantia, ao menos temporária, para depósitos acima de US$ 250 mil caso a turbulência bancária nos EUA se alastre. A FDIC, uma espécie de Fundo Garantidor de Crédito (FGC) dos EUA, prometeu novidades até 1º de maio.

SVB
Unidade do SVB em Wellesley, Massachusetts 13/03/2023 REUTERS/Brian Snyder

3- Light fecha 2022 com prejuízo bilionário

A Light (LIGT3), distribuidora de energia do Rio de Janeiro, fechou o ano de 2022 com um prejuízo de R$ 5,6 bilhões, afetada por efeitos não recorrentes contabilizados no quarto trimestre, que impactaram negativamente o resultado líquido consolidado, informou a companhia nesta noite. Em 2021, a distribuidora registrou lucro de R$ 398 milhões.

No ano passado, a receita líquida da empresa foi de R$ 13,3 bilhões e o Ebitda, que mede a capacidade de geração de caixa, registrou R$ 1,7 bilhão, 28% superior a 2021.

Segundo a companhia, a maior parte dos ajustes que impactou o quarto trimestre de 2022 se refere a uma provisão para devolução integral de créditos de PIS/Cofins aos consumidores nos termos da Lei 14.385/2022. Essa provisão impactou negativamente o resultado líquido em R$ 2,7 bilhões.

A distribuidora convive há anos com um desequilíbrio financeiro devido às dificuldades estruturais históricas da sua área de concessão, onde os níveis de inadimplência e furto de energia são muito superiores à média nacional.

Nos últimos anos, esse desequilíbrio na estrutura de capital da empresa está se agravando por conta do cenário macroeconômico e local. O consumo de energia faturado pela companhia em 2022 permaneceu em níveis inferiores ao pré-covid, informou a Light no comunicado que acompanha os resultados do ano.

Com Reuters e Estadão

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