Em um momento que cresce a preocupação com a segurança
cibernética e a proteção
de dados pessoais, a Secretaria do Tesouro Nacional sofreu um ataque de
hackers. O Tesouro é o órgão do Ministério da Economia que cuida da
administração financeira e da contabilidade do governo federal e é responsável
pelas emissões soberanas e pelas operações dos títulos de dívida pública do
país, como as do Tesouro
Direto.
O ataque foi identificado na noite de sexta-feira (13) e, de
O ataque foi identificado na noite de sexta-feira (13) e, de
acordo com o ministério, medidas de contenção foram aplicadas e a Polícia
Federal acionada. Inicialmente, as consequências da ação estão sendo avaliadas
pelos especialistas de segurança do próprio Tesouro e da Secretaria de Governo
Digital.
“Nesta primeira etapa, avaliou-se que a ação não
gerou danos aos sistemas estruturantes da Secretaria do Tesouro Nacional,
como o Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) e os relacionados
à Dívida Pública. As medidas saneadoras estão sendo tomadas”, afirmou a
pasta por meio de nota. Segundo o ministério, novas informações sobre o
episódio serão divulgadas quando estiverem disponíveis.
O ataque na rede interna da secretaria foi identificado como
“ransomware”, ou seja, quando há bloqueio a partir da inserção de
código, programa ou software nocivo que restringe o acesso ao sistema
infectado. Nestes casos, geralmente é solicitado o pagamento de um resgate
para que o acesso seja restabelecido. O pagamento quase sempre é cobrado
por meio de criptomoedas, que são recursos financeiros digitais anônimos.
Já há um projeto no Congresso que pretende regulamentar esses ativos. Reguladores e supervisores em todo o mundo rejeitam as criptomoedas como um ativo confiável e manifestam preocupações relacionadas ao anonimato, algo que facilita a lavagem de dinheiro, o financiamento ao terrorismo e ações como a executada contra o Tesouro.
2- Preço da cesta básica quase empata com salário mínimo
O galope da inflação nos últimos meses tornou cada vez mais difícil o sustento básico da população mais pobre. Em julho, o valor da cesta básica na capital paulista para uma família de quatro pessoas quase empatou com o salário mínimo. O quadro é preocupante porque a cesta básica inclui gastos apenas para compra de 39 produtos, entre alimentos e itens de higiene pessoal e limpeza doméstica. Ficam de fora itens tão importantes quanto a alimentação, como despesas com moradia, transporte e medicamentos, por exemplo.
Levantamento mensal feito pelo Núcleo de Inteligência e
Pesquisas do Procon-SP em convênio com o Departamento Intersindical de
Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que em julho o custo
da cesta básica paulistana chegou a R$ 1.064,79. A alta foi de 0,44% em
relação a junho, de 5,65% no ano e de 22,18% em 12 meses. Em 12 meses até
julho, a inflação
oficial medida pelo IPCA avançou 8,99%.
No entanto, o que mais chama a atenção na pesquisa é que o
valor da cesta de julho quase encostou no salário mínimo de R$ 1,1 mil. A
diferença de R$ 35,21 entre o custo da cesta básica e do salário mínimo é a
menor desde dezembro do ano passado (R$ 37,11). Com o “troco” dá para
fazer muito pouco. É insuficiente, por exemplo, para levar para casa um quilo
de carne de segunda. No mês passado, a produto era encontrado no varejo
paulistano pelo preço mínimo de R$ 36,10.
“O quadro é grave. Estamos chegando ao patamar do ‘elas
por elas’, com os gastos com alimentação, higiene e limpeza empatando com o
salário mínimo”, afirma Marcus Vinicius Pujol, diretor da Escola de
Proteção e Defesa do Consumidor do Procon-SP, responsável pela pesquisa.
Ele diz que o que atenuou a situação foi o auxílio
emergencial do governo federal e os programas estaduais de distribuição de
renda. Segundo ele, porém, nenhum desses atenuantes reduzem a gravidade da
situação, argumenta. Ele ressalta que o desemprego em alta agrava o estrago
provocado pelo aumento da inflação.
Essa também é a avaliação do coordenador de índices de
preços da Fundação Getúlio Vargas (FGV), André Braz. “O desemprego piora o
impacto da inflação no orçamento”, afirma. Uma coisa, diz ele, é ter
dinheiro e os produtos e serviços irem ficando mais caros. “As famílias
vão dando um jeito, compram menos, trocam de produto.” Outra coisa é
quando não se tem dinheiro e os produtos encarecem, argumenta. “Nesse
caso, a sensação de que a inflação é muito maior é flagrante, é uma situação de
impotência.”
3- Programa estimula liderança feminina na inovação cientifica
A terceira edição do programa Mulheres na Ciência e Inovação,
voltado para pesquisadoras do Brasil das áreas de ciência, tecnologia,
engenharias e matemática, tem inscrições abertas até o dia 22 deste mês no
site do Museu do Amanhã.
Resultado de parceria entre o Museu do Amanhã e o Conselho Britânico, o programa é gratuito. O objetivo é fortalecer a liderança feminina na inovação de base científica e tecnológica. A formação consiste em sete encontros online, com foco em temas relacionados à inovação, ao empreendedorismo, gênero e à ciência.
O projeto será realizado entre os meses de setembro e outubro. Podem
participar mulheres que estejam cursando pelo menos a graduação, que tenham uma
proposta de produto ou ideia inovadora de base científica ou tecnológica e que
desejam empreender. Será dada prioridade a inovações voltadas, em especial,
para o benefício feminino.
O curso oferece 200 vagas, com reserva para pesquisadoras negras, indígenas, quilombolas e LGBTQIA+.
4- Frente Parlamentar apoia investimento externo
A preocupação em torno do recebimento de recursos de outros países
fez surgir uma nova frente parlamentar no Congresso Nacional. Lançada
oficialmente nesta semana, a Frente Parlamentar em Apoio aos Investimentos
Estrangeiros para o Brasil pretende apresentar projetos específicos e fazer
andar propostas já em tramitação para mudar o ambiente de negócios e tornar
o país mais atrativo ao capital estrangeiro.
“Hoje há muitos recursos no mundo para investir, mas não há
ambiente no Brasil que garanta este investimento”, afirmou ao
Estadão/Broadcast o senador Izalci Lucas (PSDB-DF), autor da proposta de
criação da frente, apelidada de “Investe Brasil”.
Segundo o senador, a frente pretende focar determinados assuntos de
forma suprapartidária, como a desburocratização, a simplificação de
processos e a reforma tributária. A intenção é abrir um diálogo com a
sociedade civil, com empresários e com Estados e municípios, para melhorar o
ambiente de negócios.
“Hoje, o investidor, quando vem ao Brasil, fica maluco. Cada Estado
tem uma tributação, um ICMS”, pontuou o senador, ao falar sobre um dos
principais desafios a serem enfrentados. “Queremos trabalhar em conjunto
com o BNDES, a Apex e o próprio parlamento.”
O lançamento oficial da frente, em Brasília, contou com a presença de
parlamentares já tradicionalmente ligados a questões econômicas, como os
senadores Antonio Anastasia (PSD-MG) e Wellington Fagundes (PL-MT), mas também
com 30 embaixadores e empresários de outros países, entre árabes, chineses e
europeus, além do ministro de Relações Exteriores, Carlos França.
5- Desmatamento
recua na Amazônia, mas segue alto sob Bolsonaro
O desmatamento na floresta amazônica caiu 10%
em julho
na comparação com o ano anterior depois de quatro aumentos mensais
consecutivos, mostraram dados preliminares nesta sexta-feira, mas a destruição
continua muito mais alta do que antes de o presidente Jair Bolsonaro tomar
posse.
A
parcela de floresta desmatada totalizou 1.498 quilômetros quadrados no mês de
julho, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Entre
janeiro e julho, o desmatamento da Amazônia aumentou 7,8% na comparação com um
ano atrás, atingindo 5.108 quilômetros quadrados, revelaram dados do Inpe.
No
ano passado, o desmatamento atingiu uma alta de 12 anos sob as vistas de
Bolsonaro, que enfraquece a vigilância ambiental e defende a mineração e
agricultura comercial em áreas protegidas da floresta tropical.
As
cifras mais recentes do Inpe cobrem o período de registros anuais de
desmatamento no Brasil, medidos entre agosto de 2020 e julho de 2021 para
minimizar a interferência da cobertura de nuvens.
Nos
12 meses transcorridos até julho, os dados preliminares indicam uma redução de
4,6% no desmatamento. Cientistas dizem que uma redução nos números preliminares
geralmente significa que haverá uma redução na medição final mais precisa
conhecida como Prodes.
A Amazônia é considerada um anteparo vital contra a mudança
climática, e sua destruição é a principal fonte das emissões de gases de
efeito estufa do Brasil.
(*Com informações de Reuters, Estadão Conteúdo e Agência Brasil)
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