1 – Minério de ferro cai com dúvidas sobre força da demanda na China
Os preços do minério de ferro caíram em Singapura à medida que o mercado avalia a força da demanda chinesa.
Os indicadores econômicos sugerem que o estímulo do governo impulsionou o setor de construção, o que, a princípio, deve se converter em consumo mais forte da matéria-prima. Mas um confinamento repentino no polo siderúrgico de Tangshan serve de lembrete de que a política Covid Zero da China pode inibir a produção de aço e diminuir a demanda por minério.
Os futuros de minério de ferro em Singapura caíram até 1,2%, para US$ 95,85 a tonelada, apagando ganhos que chegaram a 2,1% mais cedo.
Produção mais alta de aço e estoques de vergalhões em queda sinalizam o impacto positivo da tentativa de Pequim de estimular a construção após uma crise imobiliária que já dura quase um ano. A produção diária de aço aumentou 3,3% nos primeiros 10 dias de setembro, em comparação com o final de agosto, enquanto novos investimentos impulsionam a atividade de construção.
Apesar das notícias de Tangshan, o mercado permanece otimista de que os reveses devido a restrições rigorosas contra Covid serão pequenos durante a atual temporada de pico de construção. Com o foco das autoridades chinesas na recuperação econômica, o impacto dos bloqueios pode estar diminuindo, disse Chen Wenguang, diretor de pesquisa do Lange Steel Information Research Center.
À medida que os altos-fornos continuam a aumentar a produção, as usinas vão reabastecer os estoques de minério de ferro antes do feriado de uma semana do Dia Nacional no início do próximo mês, dando suporte de curto prazo aos preços, disse a Haitong Futures em nota.
As taxas de operação dos altos-fornos subiram e estão perto do pico que atingiram este ano. O foco do mercado agora se volta para o Congresso Nacional do Partido, que começa em 16 de outubro, onde novos financiamentos a infraestrutura ou políticas de empréstimos habitacionais podem ser anunciados, o que pode elevar o otimismo em relação ao aço.
2 – Brasil e Estados Unidos firmam acordo de reconhecimento entre aduanas
As empresas brasileiras certificadas como operadores econômicos autorizados (OEA) poderão exportar mais rapidamente e com menos burocracia para os Estados Unidos. Após sete anos de negociações, a Receita Federal firmou na última sexta-feira (16/9) acordo de reconhecimento mútuo (ARM) com a aduana norte-americana, conforme divulgado nesta segunda-feira (20).
Por meio do acordo, os dois países oficializam a parceria entre seus programas de operador econômico autorizado. Com essas iniciativas, as alfândegas dos países reconhecem empresas que operam a cadeia logística internacional com garantia da segurança das cargas e as normas tributárias e aduaneiras. A adesão aos programas é voluntária.
As discussões entre as equipes técnicas da Receita Federal e do Serviço de Alfândega e Proteção de Fronteiras do Governo dos Estados Unidos da América começaram em 2015, com a assinatura do plano de trabalho conjunto. Com a assinatura do acordo, o programa brasileiro de OEA passa a ser compatível com o Customs Trade Partnership Against Terrorism (C-TPAT), um dos maiores programas de certificação em segurança da cadeia logística do mundo.
Agora, as empresas brasileiras certificadas como OEA-Segurança serão reconhecidas como empresas mais seguras e de menor risco. Com a maior confiabilidade, cairá o percentual de inspeções das exportações brasileiras para os Estados Unidos. Além disso, quando as cargas dessas empresas forem escolhidas para verificação, terão prioridade na análise.
Destino de 14% das exportações do país, os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, com fluxo de mais de US$ 70,53 bilhões em 2021. Desse total, o Brasil exportou US$ 31,15 bilhões para o mercado norte-americano e importou US$ 39,38 bilhões de lá.
Segundo o Ministério da Economia, nos últimos três anos, empresas do Programa OEA foram responsáveis por 17% das exportações para os Estados Unidos. A pasta não forneceu estimativas detalhadas, mas informou que a assinatura do acordo deve gerar aumento pela procura da certificação OEA-Segurança entre as empresas brasileiras.
3 – Presidente do Banco Mundial diz que desaceleração global pode se estender a 2023
Uma desaceleração econômica global pode durar até 2023 e além, disse o presidente do Banco Mundial, David Malpass, à Fox Business nesta segunda-feira (19).
Malpass afirmou haver oportunidades de recuperação na China, cujos bloqueios contra a Covid-19 no segundo trimestre desempenharam um papel de peso na forte desaceleração em andamento, e em outros países importantes, incluindo os Estados Unidos.
“A preocupação que tenho é que, se você olhar para o restante do mundo, isso fica para trás e (a desaceleração) pode durar até 2023 e além”, disse ele.
4 – Guedes: Vamos reapresentar o Carteira Verde e Amarela para geração de emprego
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta segunda-feira (19) durante palestra no congresso da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), que o Auxílio Brasil e o investimento privado têm turbinado o crescimento econômico.
“Apesar da queda de 40 anos do investimento público, o investimento privado está turbinando o crescimento. Entretanto, os modelos econômicos ainda não conseguiram captar essa mudança de eixo da economia. Os fatos estão derrubando as expectativas adversas. O fiscal está forte, o monetário está no lugar, além de termos geração de emprego e renda”, disse.
Sem entrar em detalhes, o ministro detalhou que pretende criar ferramentas e instrumentos para recuperação do investimento público e também recuperar e acelerar programas de transferência de renda.
“Vamos transferir propriedades. São fundos de recuperação para o investimento publico e ao mesmo tempo fundos de aceleração dos programas de remoção de desigualdades. Vamos reapresentar o Carteira Verde e Amarela para geração de emprego em massa. Queríamos criar essa rampa de ascensão social, mas no Congresso não deixou”, disse.
5 – Ministério da Agricultura apresentará RenovaBio em seminário da OIA
O coordenador-geral de Cana-de-açúcar e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Cid Jorge Caldas, afirmou ao Broadcast Agro que representará a pasta no Seminário Internacional da Organização Internacional do Açúcar (OIA), a ser realizada entre 22 e 23 de novembro, e falará sobre o programa nacional de estímulo aos biocombustíveis, RenovaBio. “Vou fazer uma apresentação sobre o RenovaBio. Se muitos brasileiros não conhecem o programa, imagine lá fora”, disse Caldas nos bastidores da Conferência NovaCana, realizada em São Paulo.
O evento da OIA é o mais importante do mercado mundial de açúcar e serve como uma vitrine para o setor sucroenergético. Segundo Caldas, a apresentação deve contemplar detalhes sobre o funcionamento do programa brasileiro e conquistas do setor em seus quase três anos de funcionamento.
*Com Reuters, Bloomberg, Estadão Conteúdo e Agência Brasil
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