1 – Anúncio da Apple ajuda índice Nasdaq a bater recorde histórico
Formado por ações de empresas de tecnologia, o índice Nasdaq bateu recorde histórico de fechamento ontem, em alta de 1,11%, a 10.056 pontos. O bom desempenho das companhias do setor, que tem se destacado em demanda em meio ao período de isolamento social, têm ajudado a valorizar a bolsa de tecnologia americana. Nesta segunda (22) quem ajudou nesse movimento de alta foi a Apple, que fez diversos anúncios em sua conferência de desenvolvedores anual, a WWDC.
O principal deles foi a notícia de que a empresa passará a fabricar os chips de seus computadores Mac, rompendo uma parceria de mais de uma década com a Intel. A notícia, era esperada pelo mercado desde 2018, animou os investidores, levando o papel da empresa a subir 2,62%.
Primeira empresa americana a bater US$ 1,5 trilhão em valor de mercado, a Apple hoje está em seu recorde histórico de valorização, em US$ 1,56 trilhão. Ela é seguida de perto pela Microsoft, que teve alta de 2,78% e está cotada em US$ 1,51 trilhão.
Os novos processadores criados pela Apple serão chamados de Apple Silicon e trazem a promessa de melhor desempenho do processador e da área gráfica. A empresa afirma ainda que os chips terão menor consumo de energia, o que tem impacto sobre a bateria – um dos itens mais levados em consideração pelos consumidores na hora de escolher um eletrônico.
2 – Cenário básico considera queda forte do PIB no primeiro semestre, aponta ata
Ao cortar a Selic (a taxa básica da economia) de 3,00% para 2,25% ao ano na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom), considerou que dados do segundo trimestre do ano corroboram a perspectiva de forte retração do Produto Interno Bruto (PIB) no período.
Na ata da última reunião do colegiado, o BC aponta que esses dados sugerem que a atividade chegou ao seu menor patamar em abril, com uma recuperação apenas parcial em maio e junho.
“O cenário básico considerado pelo Copom considera uma queda forte do PIB na primeira metade deste ano, seguida de uma recuperação gradual a partir do terceiro trimestre”, reafirmou o documento.
A ata também reitera a avaliação do colegiado de que o impacto da pandemia de covid-19 sobre a economia brasileira será desinflacionário e associado a forte aumento do nível de ociosidade dos fatores de produção. “A elevação abrupta da incerteza sobre a economia deve resultar em aumento da poupança precaucional e consequente redução significativa da demanda agregada”, repetiu o BC.
3 – China veta carne de unidade dos EUA
A China vem intensificando o controle sanitário sobre a importação de carnes em meio à segunda onda de contaminação do novo coronavírus no continente asiático. No domingo (21) o país suspendeu a importação de frango de uma unidade da americana Tyson Foods. Segundo o departamento, a medida se deve à confirmação de casos do novo coronavírus entre os funcionários da unidade.
A suspensão de importações da Tyson vem na esteira de uma série de outras medidas mais rigorosas adotadas após um novo surto de covid-19. Os voos de e para Pequim foram cancelados, restrições também foram impostas para entrada da cidade.
Em meio às novas medidas, na semana passada autoridades chinesas testaram carne e frutos do mar importados em busca de traços do vírus, depois que o novo surto foi associado a um grande mercado de Pequim com produtos importados.
4 – Confiança do empresário cai 21% em maio, diz FecomercioSP
A confiança do empresariado paulista caiu 21% no mês de maio em relação a abril, fruto da retração econômica gerada pela pandemia da covid-19. De acordo com pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), foi a segunda queda consecutiva do índice, que agora está em 93,8 pontos, numa escala que vai de 0 a 200 pontos.
O patamar atual é o mais baixo desde março de 2017. A pesquisa também apontou que, além da pandemia, a crise política afetou a confiança dos empresários.
Para minimizar as perdas, segundo a Fecomercio, será necessário implementar políticas públicas. Em nota, a Federação informa que já apresentou aos governantes pedidos para a isenção e a prorrogação dos prazos para pagamentos de impostos, assim como ampliação e facilitação de crédito para as micros e pequenas empresas com custos mais acessíveis.
5 – Ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy vai assumir diretoria do Banco Safra
O ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy vai integrar o time do banco Safra. Seu nome foi anunciado nesta segunda-feira (22). Levy vai ocupar o cargo de diretor de Estratégia Econômica e Relações com Mercados.
Com 59 anos e natural do Rio de Janeiro, ele teve rápida passagem pelo comando do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), já durante o governo Bolsonaro. Foi ainda ministro da Fazenda durante o segundo mandato da ex-presidente Dilma Rousseff e diretor-geral e financeiro do Banco Mundial.
Mais recentemente, Levy estava desenvolvendo pesquisas sobre tecnologias sustentáveis e transição de economias para emissões líquidas zero de carbono na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos.
*Com Estadão Conteúdo e Agência Brasil