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Ficou sabendo? Daki recebe aporte, crise nas big techs e salário mínimo

Equipe econômica admite reajustar mínimo a R$1.320, dizem fontes.

Mulher pega produtos em prateleira de supermercado 19/04/2020 REUTERS/Tatiana Gomozova

Startup de delivery Daki recebe aporte de US$ 50 mi

A Daki, de entregas de compras de supermercado, recebeu aporte de 50 milhões de dólares, montante que será usado para investir em tecnologia e coloca a avaliação da startup em 1,3 bilhão de dólares, disse a empresa nesta sexta-feira em comunicado.

Fundada em 2021, a Daki é um aplicativo de entrega de compras de supermercado que opera em seis cidades paulistas, incluindo a capital, além do Rio Janeiro, Niterói e Belo Horizonte. A startup afirmou que virou unicórnio – com avaliação acima de 1 bilhão de dólares – em dezembro de 2021.

A nova rodada tem a entrada da Pernod Ricard, dona das marcas de bebidas alcoolicas Absolut e Ballantines, no quadro de acionistas, bem como novos investimentos de atuais sócios como Tiger Global, TriplePoint Capital, GGV e G-G-Squared.

A Daki se fundiu em 2021 com a JORK, empresa do mesmo setor que opera em países da América Latina, como México e Peru. A JORK também tinha operações nos Estados Unidos, mas que foram encerradas no ano passado.

Startups vêm enfrentando dificuldade para conseguir financiamento diante de um quadro global mais desafiador, em especial por causa da alta das taxas de juros globalmente, o que tem levado a uma série de demissões.

Resultados das big techs mostram que crise em publicidade digital continua

Depois de um 2022 em que as empresas dependentes de publicidade enfrentaram orçamentos reduzidos de clientes e preços de ações em queda, os resultados do quarto trimestre desta semana de Alphabet, Meta e Snap mostraram que elas ainda enfrentam riscos.

A Alphabet, controladora do Google, informou na quinta-feira uma ligeira queda na receita trimestral de anúncios, abaixo das expectativas de Wall Street e surpreendendo os investidores, já que a maior plataforma de publicidade digital do mundo vinha mostrando resiliência em comparação com rivais menores.

“Para uma empresa do tamanho do Google e tão influente quando o Google, ter resultados tão decepcionantes (significa que a indústria de anúncios) não vai se recuperar em um trimestre”, disse Evelyn Mitchell, analista da Insider Intelligence.

A Snap, proprietária do Snapchat, disse na terça-feira que espera que a receita do trimestre atual caia em até 10% devido à concorrência e fraqueza da economia.

“(Os anunciantes) estão gerenciando seus gastos com muita cautela para que possam reagir rapidamente a qualquer mudança no ambiente”, disse o presidente-executivo da Snap, Evan Spiegel, durante uma teleconferência de resultados.

A Meta, a segunda maior plataforma de anúncios digitais, agradou Wall Street na quarta-feira com cortes de custos e um programa de recompra de ações, embora tenha registrado o terceiro trimestre consecutivo de queda de receita ano a ano.

A queda nos investimentos com anúncios de marcas nos setores de serviços financeiros e tecnologia foi uma das razões para o declínio da receita, disse a Meta.

A diretora financeira da Meta, Susan Li, disse que a economia em geral continua “bastante volátil” e é muito cedo para dizer como será o ano.

O clima entre os anunciantes em geral é de “otimismo cauteloso” para o ano, disse Nicola Mendelsohn, vice-presidente do grupo de negócios globais da Meta, em entrevista na quinta-feira.

Equipe econômica admite reajustar salário mínimo a R$1.320, dizem fontes

O Ministério da Fazenda passou a admitir um reajuste adicional no salário mínimo e agora faz contas para levar o piso nacional de 1.302 reais a 1.320 reais a partir de maio, disseram à Reuters duas fontes da equipe econômica, em uma medida com custo estimado em até 5 bilhões de reais no ano.

    A decisão consolida uma mudança na posição do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que busca uma melhora na situação fiscal do país e argumentava que o piso de 1.302 reais fixado pelo governo Jair Bolsonaro para 2023 e em vigor desde janeiro representava um aumento acima da inflação, o que significava que o governo já havia cumprido sua promessa de dar ganho real aos trabalhadores.

    De acordo com as fontes que acompanham a negociação das medidas, uma revisão dos gastos do governo neste ano abrirá margem para que o novo aumento seja concedido. Entre os fatores, está a reavaliação dos beneficiários do programa Bolsa Família, com combate a fraudes.

    “O salário mínimo está mais fácil de acomodar. Se for dar um aumento em maio para chegar a 1.320 reais, que seria o desejo de todos, seria mais ou menos 5 bilhões de reais”, disse uma delas, sob condição de anonimato.

    Segundo essa autoridade, o impacto exato no Orçamento dependerá de uma avaliação sobre a velocidade de liberação de benefícios na fila do INSS. Em cenário mais otimista para as contas, o custo poderia ficar mais próximo de 3 bilhões de reais, afirmou.

    O retorno dos reajustes anuais do salário mínimo acima da inflação, que deixaram de existir no governo Bolsonaro, foi promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em dezembro, após a aprovação da PEC da Transição para flexibilizar o teto de gastos, o governo eleito conseguiu incluir no Orçamento 6,8 bilhões de reais para levar o salário mínimo a 1.320 reais a partir de janeiro. No entanto, após constatar uma aceleração na liberação de benefícios do INSS em 2022, o novo governo afirmou que essa verba havia sido consumida.

 

*Com Reuters

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