Oi vai agrupar ações na proporção de 50 para 1
O grupo de telecomunicações Oi anunciou nesta segunda-feira proposta de agrupamento de suas ações ordinárias e preferenciais na proporção de 50 para uma.
As ações que lastreiam American Depositary Shares (ADSs) não serão envolvidas no agrupamento de ações. Por isso, após a operação, cada ação ON da Oi passará a representar 10 ADSs ON, enquanto cada ação preferencial será equivalente a 50 ADSs PN.
Segundo a Oi, o agrupamento visa a enquadrar a cotação das ações em valor igual ou superior a 1 real cada, permitindo que os papéis voltem a ser elegíveis para fazer parte de índices como o Ibovespa.
A ação ON (OIBR3) da Oi fechou esta terça-feira cotada a 0,36 real, enquanto a PN (OIBR4) valia 0,81 real.
Em recuperação judicial desde 2016, a Oi está agora no meio de uma disputa com TIM, Claro e Telefônica Brasil envolvendo valores de ativos da Oi comprados pelas três em leilão no final de 2020 com uma proposta conjunta de 16,5 bilhões de reais.
Vendedora e compradoras entraram em discordância nas últimas semanas sobre o valor final do negócio, com TIM, Claro e Telefônica Brasil pedindo para o valor da venda ser diminuído em 3,2 bilhões de reais devido a questões técnicas e o assunto foi para a Câmara de Arbitragem da B3.
Natura&Co avalia IPO da Aesop nos EUA
A Natura&Co informou nesta segunda-feira que seu conselho de administração autorizou estudos para uma possível oferta inicial de ações (IPO) da Aesop, que poderia ser precedida de uma cisão, com uma listagem nos Estados Unidos.
“O IPO vem sendo avaliado nos últimos meses como uma alternativa para financiar o crescimento acelerado da Aesop, e a administração da Natura&Co vem tomando passos necessários para buscar tal alternativa”, afirmou o conglomerado em fato relevante, adicionando que a possibilidade está alinhada com o objetivo de dar às unidades de negócio maior autonomia.
O anúncio ocorre cerca de um mês após uma disparada das ações da Natura na bolsa, em meio a rumores envolvendo uma reestruturação de unidades do conglomerado de cosméticos.
Na época, a companhia havia negado que seu conselho de administração estivesse conduzindo algum estudo para cisão da Aesop ou venda da The Body Shop.
O movimento acontece meses após Fábio Barbosa, ex-presidente do Santander Brasil e do Grupo Abril, ser anunciado como novo presidente-executivo da companhia. Desde então, a Natura&Co vem falando em reorganizar suas operações para dar mais autonomia às unidades de negócio, deixar sua estrutura mais leve e potencialmente sair de mercados menos rentáveis.
Além da marca de produtos para pele e cabelo australiana Aesop, a Natura também detém a marca inglesa de cosméticos e perfumes The Body Shop e a Avon.
No fato relevante desta segunda-feira, a Natura afirmou que uma eventual cisão poderia desbloquear mais valor para Aesop. Em qualquer caso, o negócios seguirá sob liderança do atual presidente Michael O’Keeffe por meio de uma holding a ser listada nos Estados Unidos.
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