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5 fatos para hoje: Americanas perde R$ 2 bi; prévia da Petrobras; Eletrobras

As ações da Americanas despencaram nesta segunda-feira (21), afetadas pela desativação dos sites de comércio eletrônico do grupo.

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Logomarca da loja Americanas é vista no Rio de Janeiro, Brasil 10/05/2018 REUTERS/Sergio Moraes

1 – Petrobras deve reportar lucro de R$ 1,96 por ação no 4º tri, indica prévia

A Petrobras (PETR3, PETR4) deve apresentar um aumento na receita do quarto trimestre quando divulgar resultados, no dia 23 de fevereiro.

A empresa sediada no Rio de Janeiro deve reportar um aumento de 74,4% na receita, para R$ 130,743 bilhões, ante R$ 74,97 bilhões um ano atrás, segundo a estimativa média de 3 analistas, com base em dados da Refinitiv.

A estimativa média dos analistas da Refinitiv para a Petrobras é de lucro de R$ 1,96 por ação. No mesmo trimestre do ano passado, a empresa reportou lucro de R$ 2,18 por ação.

A classificação média atual dos analistas para as ações indica “compra”. São 6 recomendações de “compra forte” ou “compra”, 1 “manter” e nenhuma “venda” ou “venda forte”.

A estimativa de ganhos médios dos analistas permaneceu inalterada nos últimos três meses.

O preço-alvo médio de 12 meses de Wall Street para a Petrobras é de R$ 40,9, cerca de 12,3% acima​ de seu último preço de fechamento de R$ 35,87.

2 – Acionistas deliberam sobre privatização da Eletrobras, prevista para maio

Os acionistas da Eletrobras (ELET3, ELET6) se reúnem nesta terça-feira (22) para deliberar sobre o processo de privatização da companhia, que deverá ocorrer por meio de uma oferta de ações na Bolsa brasileira, a B3, e em Nova York. A transação está programada para o mês de maio, segundo fontes.

A privatização da empresa do setor elétrico será no modelo de uma capitalização, ou seja, será feita uma oferta de novas ações da empresa. Como a União não investirá na oferta, sua participação no capital votante cairá de 72,33% para 45%, deixando, dessa forma, de ter o controle da estatal de energia.

A assembleia da Eletrobras será um dos últimos trâmites para que o governo deixe de ser o controlador da empresa – uma discussão que foi iniciada durante o governo de Michel Temer.

Na ocasião, os acionistas irão autorizar ou não a operação, além de votar sobre alguns pontos necessários para a desestatização, como mudanças pontuais no a. No mercado, a expectativa é de que os acionistas minoritários aprovem todos os itens da pauta, diante de estimativas de valorização da ação após a privatização.

Próximo passo

Depois disso, o último passo para que a oferta possa ocorrer em maio será a aprovação de um preço mínimo da ação na oferta pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que é o responsável pelo processo de venda da estatal, já teria definido o preço, e o aval do TCU deverá ocorrer até o fim de março, segundo uma fonte.

O preço mínimo será um limite de valor para que a ação possa ser ofertada aos investidores, uma megatransação que deverá ficar entre R$ 22 bilhões e R$ 26,6 bilhões, conforme já divulgou a empresa. A operação ocorrerá na Bolsa brasileira, a B3, e ainda na Bolsa de Nova York, a Nyse.

Na semana passada, após controvérsia em relação ao valor da outorga, o TCU deu sinal verde para a operação. O ministro Vital do Rego, que foi voto vencido no certame, defendeu sua posição dizendo que a Eletrobras estaria pagando menos ao Tesouro do que deveria, o que foi rechaçado pelos demais ministros.

Histórico

Esta é a terceira vez que o Estado brasileiro tenta privatizar a Eletrobras. A primeira foi ainda no governo de Fernando Henrique Cardoso (1994-2002). Na época, a ideia era fazer uma privatização tradicional, vendendo as estatais do grupo (Furnas, Chesf e Eletronorte) separadamente.

Mas o projeto não foi adiante. No governo Lula, que começou em 2003, a empresa foi retirada do Plano Nacional de Desestatização (PND). Na gestão de Michel Temer (2016-2018), uma MP foi enviada ao Congresso, que Bolsonaro usou como base para a privatização atual.

3 – Americanas perde mais de R$ 2 bi em valor de mercado com sites fora do ar

As ações da Americanas (AMER3) despencaram nesta segunda-feira (21), afetadas pela desativação dos sites de comércio eletrônico do grupo, após sistemas da companhia serem alvo de ataque digital durante o final de semana.

Os principais sites do marketplace da empresa, Lojas Americanas e Submarino, ficaram foram do ar durante toda esta segunda-feira, e a empresa amargou uma perda de valor de mercado de mais de 2 bilhões de reais, segundo dados da Refinitiv.

A empresa informou que suspendeu parte dos servidores de sua plataforma de comércio eletrônico, depois de identificar riscos de “acesso não autorizado” no fim de semana, mas não deu mais detalhes sobre a natureza do ataque.

A companhia teve no primeiro trimestre do ano passado vendas online de R$ 5,594 bilhões, correspondendo a uma média por dia R$ 62,2 milhões.

Procurada nesta segunda-feira após o fechamento do mercado, a empresa afirmou que “atua com recursos técnicos e especialistas para avaliar a extensão do evento e normalizar com segurança o ambiente de e-commerce o mais rápido possível”. A Americanas reiterou que as lojas físicas não tiveram suas atividades interrompidas e que permanecem operando.

A operação de marketplace de Americanas foi responsável por 64,4% das vendas brutas no primeiro trimestre de 2021.

O ataque digital em uma das maiores plataformas de comércio eletrônico do país ocorreu após uma série de outros ataques no ano passado contra empresas do país. A operadora de turismo CVC, por exemplo, ficou 12 dias em outubro sem operar por causa de um ataque hacker contra seus sistemas.

Na época, a CVC informou que se tratou de um ataque com ransomware, software que codifica as informações de um sistema, efetivamente “sequestrando” o acesso a elas até que a vítima cumpra o que o hacker cobrar para devolver dados.

4 – Putin reconhece regiões rebeldes da Ucrânia e envia tropas para chamada missão de paz

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, reconheceu nesta segunda-feira duas regiões separatistas no leste da Ucrânia como independentes e ordenou que o Exército russo lançasse o que Moscou chamou de operação de manutenção da paz na região, intensificando uma crise que o Ocidente teme que possa resultar em uma guerra.

Putin disse ao Ministério da Defesa da Rússia para enviar tropas às duas regiões separatistas para “manter a paz” em um decreto emitido logo depois que ele anunciou o reconhecimento da independência dos separatistas apoiados pela Rússia, atraindo promessas por parte dos Estados Unidos e da Europa de novas sanções.

Não ficou imediatamente claro se a ação militar russa foi o início de uma invasão da Ucrânia, sobre a qual os Estados Unidos e seus aliados alertaram por semanas. Não havia nenhuma palavra sobre o tamanho da força que Putin estava despachando, quando eles cruzariam a fronteira e exatamente qual seria sua missão.

Em um longo discurso televisionado, Putin, parecendo visivelmente irritado, descreveu a Ucrânia como parte integrante da história da Rússia e disse que o leste da Ucrânia era terra russa antiga e que estava confiante de que o povo russo apoiaria sua decisão.

A televisão estatal russa mostrou Putin, acompanhado por líderes separatistas apoiados pela Rússia, assinando um decreto reconhecendo a independência das duas regiões separatistas ucranianas, juntamente com acordos de cooperação e amizade.

Desafiando as advertências ocidentais contra tal medida, Putin anunciou sua decisão em telefonemas para os líderes da Alemanha e da França, que expressaram decepção, disse o Kremlin.

A medida de Moscou deve acabar com uma iniciativa de última hora do presidente norte-americano, Joe Biden, de se reunir com Putin para impedir que a Rússia realize uma invasão da Ucrânia.

A moeda russa, o rublo, estendeu suas perdas enquanto Putin falava sobre a questão, em um ponto caindo além de 80 por dólar.

Biden emitiu um decreto proibindo “novos investimentos, comércio e financiamento por pessoas dos EUA para, de ou dentro” das duas regiões separatistas, disse a Casa Branca. O texto também deu autoridade para impor sanções a qualquer pessoa determinada a operar nessas áreas da Ucrânia.

Psaki afirmou que mais medidas dos EUA estão por vir e que são separadas das sanções que os Estados Unidos e seus aliados estão preparando se a Rússia invadir a Ucrânia.

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, disse que o decreto visa “impedir que a Rússia lucre com essa flagrante violação do direito internacional”.

O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, declarou que os países da União Europeia concordaram em impor um conjunto limitado de sanções “visando aqueles que são responsáveis” pelo reconhecimento russo das regiões rebeldes.

A ministra das Relações Exteriores britânica, Liz Truss, disse em um post no Twitter que na terça-feira o governo anunciará novas sanções à Rússia em resposta à decisão de Putin.

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, acusou a Rússia de continuar a alimentar o conflito no leste da Ucrânia e “tentar preparar um pretexto” para uma nova invasão. A Rússia anexou a Crimeia da Ucrânia em 2014.

“Ameaça direta”

Putin fez um longo pronunciamento televisionado e voltou na História até os tempos do Império Otomano, chegando até as atuais expansões da Otan para o leste — um importante fator de irritação de Moscou na atual crise.

Putin descreveu a Ucrânia como uma parte integral do passado da Rússia, que nunca teve uma tradição genuína própria de Estado.

“Se a Ucrânia fosse se unir à Otan, isso seria uma ameaça direta à segurança da Rússia”, disse o líder russo.

Putin trabalha há anos para retomar a influência da Rússia sobre países que emergiram após o colapso da União Soviética, com a Ucrânia detendo um lugar importante em suas ambições.

A Rússia nega qualquer plano de atacar sua vizinha, mas já ameaçou ações “militares-técnicas” não especificadas a não ser que receba garantias amplas de segurança, incluindo uma promessa de que a Ucrânia nunca irá participar da Otan. 

Separadamente, Moscou afirmou que sabotadores militares da Ucrânia tentaram adentrar o território russo em veículos blindados deixando cinco mortes, uma acusação dispensada como “notícia falsa” por Kiev.

Ambos os desenvolvimentos seguem um padrão previsto por repetidas vezes por governos ocidentais, que acusam a Rússia de se preparar para fabricar um pretexto para invadir a Ucrânia culpando Kiev pelos ataques, e se apoiando em pedidos de ajuda de aliados separatistas.

5 – Otan condena reconhecimento da independência de territórios da Ucrânia

O Secretário-Geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, condenou a decisão do presidente da Rússia, Vladmir Putin, de assinar um decreto reconhecendo duas regiões do leste da Ucrânia como independentes. Em nota, Stoltenberg afirmou que a posição de Putin mina os esforços de paz na região.

“Eu condeno a decisão da Rússia de reconhecer a autoproclamada ‘República Popular de Donetsk’ e ‘República Popular de Luhansk’. Isso mina a soberania e integridade territorial ucraniana, corrói os esforços em prol da solução do conflito e viola os Acordos de Minsk, dos quais a Rússia é signatária”, afirmou Stoltenberg em nota.

O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, segui o mesmo caminho. O gabinete de Scholz disse em uma declaração que o chanceler alemão também disse a Putin, durante um telefonema, que qualquer movimento desse tipo equivaleria a uma “violação unilateral” dos acordos de Minsk destinados a pôr fim a um conflito separatista no leste da Ucrânia.

Os Acordos de Minsk foram assinados em 2015 por Rússia e Ucrânia, em negociações das quais também participaram Alemanha e França, para estabelecer a paz na região do leste ucraniano, marcado por conflitos entre os separatistas e a Ucrânia.

Enquanto isso, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, busca apoio das potências ocidentais. Enquanto Putin reconhecia duas regiões do país como independentes, Zelenskiy conversava com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e já manifestou interesse em conversar com o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.

União Europeia

Segundo a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, a decisão de Putin vai desencadear sanções da União Europeia. “Este passo é uma violação flagrante do direito internacional, bem como dos acordos de Minsk”, disseram Von der Leyen e Michel. “A União (Europeia) reagirá com sanções contra os envolvidos neste ato ilegal”, acrescentaram.

(Com informações da Reuters, Estadão Conteúdo e Agência Brasil)

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