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Presidente do Peru dissolve Congresso e convoca novas eleições

Medida foi tomara antes de terceira tentativa de impeachment pela oposição.

O presidente peruano, Pedro Castillo, anunciou de surpresa nesta quarta-feira (7) em uma mensagem a dissolução do Congresso, a poucas horas de enfrentar uma terceira tentativa de impeachment por parlamentares da oposição.

Parlamentares peruanos debatem moção contra presidente Pedro Castillo 1/12/2022 REUTERS/Angela Ponce

Castillo, um líder de esquerda que assumiu o poder em julho de 2021, anunciou o estabelecimento de um “governo de exceção”, no momento em que convocou as eleições legislativas, e ao garantir que o atual modelo econômico do país seria respeitado durante o “intervalo” do fechamento do Congresso.

Há três décadas, o ex-presidente Alberto Fujimori, atualmente preso por abusos a direitos humanos e corrupção, ordenou também a dissolução do Congresso.

A presidente do Tribunal Constitucional do Peru classificou o anúncio de Castillo de “golpe de Estado” e disse que o Congresso do país deve convocar a vice-presidente para assumir.

O presidente do Congresso peruano afirmou que “ninguém deve obedecer um governo usurpador”.

“Prestando atenção às reclamações dos cidadãos por todo o país, tomamos a decisão de estabelecer um governo de exceção, orientado a restabelecer o Estado de Direito e a democracia”, disse Castillo em um discurso.

Castillo foi convocado ao Congresso às 15h no horário local para responder a acusações de “incapacidade moral permanente” para governar, em meio a várias investigações e acusações de suposta corrupção.

Vários parlamentares de oposição consideraram a decisão de Castillo um “golpe de Estado” e chamaram as Forças Armadas para “restabelecer a ordem constitucional”.

Com a decisão de Castillo, os ministros de Economia e Relações Exteriores anunciaram suas renúncias pelo Twitter.

“Com apego rígido às minhas convicções e valores democráticos e constitucionais, decidi renunciar de maneira irrevogável ao cargo de ministro de Relações Exteriores, após a decisão do presidente Castillo de fechar o Congresso… violando a Constituição”, disse o agora ex-chanceler do país César Landa.

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