O Bitcoin subiu até a máxima de oito dias ontem, superando novamente o patamar dos US$ 90 mil. Mas nesta terça-feira (23), com volume reduzido já bem pertinho do feriado do Natal, a criptomoeda volta a perder o teto.

A volatilidade deve se manter a tônica das negociações nas próximas semanas. Isso, especialmente após os feriados de fim de ano, conforme voltam ao foco dos investidores as especulações sobre um potencial novo corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

O último grande direcionador de valorização do BTC veio justamente da redução de taxas promovida pelo Fed no início de dezembro. De lá para cá, a principal cripto do mercado tem oscilado perto, mas, frequentemente, abaixo da marca dos US$ 90 mil.

Os ETFs de bitcoin à vista nos Estados Unidos registraram saídas líquidas nas últimas semanas. A tendência é a de que os institucionais mantenham uma espécie de “férias” e voltem com mais força ao mercado mais perto da próxima reunião do BC dos EUA, entre 27 e 28 de janeiro do próximo ano..

Mas enquanto os fundos criptos curtem suas férias, os Digital Asset Trusts (DATs), grupo formado por institucionais como as tesourarias corporativas, registraram aproximadamente US$ 2,23 bilhões em entradas líquidas na semana de 15 a 21 de dezembro, segundo dados do DeFiLlama. Isso representa um salto de 72% em relação à semana anterior.

Veja as cotações das principais criptomoedas às 9h:

Bitcoin (BTC):  -2,48%, US$ 87.810,16

Ethereum (ETH): -3,19%, US$ 2.968,27

XRP (XRP): -2,73%, US$ 1,92

BNB (BNB): -1,62%, US$ 851,38

Solana (SOL): -1,81%, US$ 124,63

Outros destaques do mercado cripto

Banco Central divulga regras de câmbio virtual. A autoridade publicou as regras para a prestação de informações sobre operações de câmbio realizadas com ativos virtuais e criptomoedas. As normas entram em vigor em 2 de fevereiro de 2026. Deverão ser reportadas operações de pagamento ou transferência internacional, assim como o carregamento e o descarregamento de criptomoedas em cartões ou outros instrumentos eletrônicos de pagamento de uso internacional. A norma também alcança transferências de ativos virtuais realizadas para ou a partir de carteiras autocustodiadas, além do total mensal de compras, vendas e trocas de criptoativos referenciados em moedas fiduciárias, como o real ou o dólar.

O continente trilionário das stablecoins. Relatório da Chainalysis mostra que a adoção de stablecoins avançou 63% na América Latina, movimentando US$ 1,5 trilhão entre julho de 2022 e junho de 2025. Os ciclos de instabilidade macroeconômica em países da região servem como motivador para o uso das criptomoedas com lastro, mas o avanço da regulação também tem ajudado a ampliar o mercado. No Brasil, o protagonismo das stablecoins é evidente. Essas moedas digitais lastreadas em ativos como o dólar já representam 90% do volume total de valor negociado no país, com uma média diária de R$ 300 milhões, segundo a Biscoint.

Papai Noel digital. Uma pesquisa recente da Visa indica que 64% dos brasileiros consultados afirmam que ficariam animados ao receber criptomoedas como presente de Natal, percentual superior à média da América Latina, que ficou em 57%. O estudo também mostra que 10% dos brasileiros consideram dar criptomoedas como presente neste fim de ano, sinalizando que os ativos digitais começam a ganhar espaço nas tradições natalinas.

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