Agora, a cripto também se aproxima da temida “cruz da morte”, um sinal técnico que aparece no gráfico do ativo digital quando a média móvel de 50 dias (que mostra o preço médio recente) cruza para baixo a média móvel de 200 dias (que reflete uma tendência de longo prazo)
Ok, mas o que isso significa na prática? É um sinal de baixa. O BTC já caiu feio no passado após esse cruzamento. Em fevereiro de 2022, quando o sinal apareceu, a moeda digital chegou a despencar 64%, para a faixa de US$ 15.500, até o meio do ano.
Mas nada é escrito em pedra. Em outras cruzes anteriores – como em setembro de 2023 e abril de 2025 -, não houve queda. O negócio é aguardar com paciência e torcer para que os ventos da macroeconomia possam dar um “up” na cripto.
No lado macro, os investidores acompanham o desfecho do shutdown (a paralisação parcial do governo dos EUA). Nesta semana, o Senado americano aprovou, por 60 votos a 40, o texto do orçamento anual, que pode encerrar a paralisação. O projeto agora segue para a Câmara dos Representantes, antes de chegar à mesa do presidente Donald Trump.
“Estima-se uma provável oscilação entre US$ 100.000 e US$ 107.000, com possibilidade de rompimento acima dos US$ 108.000 se a liquidez se expandir ou novas informações quanto ao encerramento do shutdown surgirem”, disse Andre Franco, CEO da Boost Research.
Veja as cotações das principais criptomoedas às 8h40:
Bitcoin (BTC): -0,60%, US$ 104.795,47
Ethereum (ETH): -1,00%, US$ 3.544,06
XRP (XRP): -1,29%, US$ 2,43
BNB (BNB): -1,31%, US$ 969,49
Solana (SOL): -2,67%, US$ 159,95
Outros destaques do mercado cripto
Deputado quer barrar regulamentação cripto. Nem todo mundo curtiu a nova regulamentação das criptos no Brasil. O deputado Rodrigo Valadares (União-SE) apresentou um projeto no Congresso para barrar as novas regras do Banco Central. Segundo ele, as stablecoins – que vão passar a integrar o mercado de câmbio – nunca foram equiparadas à moeda estrangeira e o BC não teria autorização para enquadrá-las dessa forma.
China acusa EUA de roubo de bitcoin. Se já não bastasse a guerra comercial e por poder, agora China e EUA estão brigando por bitcoin. O órgão de segurança cibernética chinês acusou o governo americano de estar por trás do roubo de 127 mil BTC (cerca de R$ 70 bilhões) da rede de mineração LuBian, em 2020. O ataque – supostamente feito com ferramentas de “nível estatal” – teria levado à apreensão das moedas pelo Departamento de Justiça dos EUA, que em outubro confirmou ter confiscado os bitcoins.