O BoJ pretende vender cotas de ETFs e fundos imobiliários acumulados ao longo da última década. A medida foi interpretada como aperto monetário, reduzindo liquidez e pressionando ativos de risco. O detalhe que chamou atenção foi que dois membros do comitê votaram por alta imediata dos juros, reforçando a expectativa de uma postura mais restritiva nos próximos meses.
Esse ambiente externo mais duro se soma ao fim do “efeito Fed”. Nos EUA, embora o banco central tenha cortado os juros em 0,25 ponto percentual nesta quarta (17), e sinalizado mais dois cortes até o final do ano, o discurso de que não haverá cortes agressivos limitou o otimismo. Com isso, investidores aproveitaram para realizar parte dos lucros acumulados nos últimos dias, movimento que pesou sobre as criptomoedas. O bitcoin recua 0,5%, negociado a US$ 11.599,65, enquanto o ethereum cai 1,12%, para US$ 4,529.24.
Desempenho das principais criptomoedas
Às 8h28, as principais criptomoedas operavam em queda; veja as cotações:
Bitcoin (BTC): -0,73%, US$ 116.423,89
Ethereum (ETH): -1,39%, US$ 4.520,21
XRP (XRP): -3,11%, US$ 3,02
BNB (BNB): -0,42%, US$ 988,20
Solana (SOL): -2,41%, US$ 241,05
Outros destaques do dia:
TRON (TRX): -0,06%, US$ 0,3462
Principais notícias do mercado cripto
Democratas cobram Trump sobre possíveis acordos com a Binance. Parlamentares democratas dos EUA estão cobrando explicações do governo Trump sobre possíveis negociações para aliviar restrições impostas à Binance, maior corretora de criptomoedas do mundo. A empresa já havia fechado um acordo bilionário em 2023 por falhas em sanções e combate à lavagem de dinheiro, mas reportagens recentes da Bloomberg News indicam que o governo estaria discutindo flexibilizar a supervisão da exchange. As críticas também se apoiam nos vínculos da família Trump com a World Liberty Financial, projeto cripto ligado à Binance. O debate ganhou força após o BNB, token da corretora, superar US$ 1.000 pela primeira vez.
Empresa brasileira levará ativos tokenizados ao exterior. A plataforma brasileira de ativos digitais AmFi vai expandir suas operações para o exterior, permitindo que investidores de outros países comprem tokens de dívidas e outros ativos brasileiros. A empresa está desenvolvendo uma plataforma global para conectar investidores internacionais diretamente ao mercado de crédito do Brasil. Com o plano de fechar 2025 com R$ 3 bilhões em ativos tokenizados, a AmFi busca democratizar o acesso a investimentos de alto retorno e baixo custo, aproveitando o crescimento do mercado de ativos do mundo real (RWAs, na sigla em inglês).