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As ações da Yduqs (YDUQ3) lideram as baixas da bolsa de valores desta sexta-feira (14), enquanto as da MBRF (MBRF3) são o destaque na ponta positiva. A empresa de educação reportou um resultado do terceiro trimestre que desagradou parte dos investidores, ao passo que a companhia de alimentos passa por um movimento forte de ajuste técnico, com investidores que apostaram na queda das ações se desfazendo dessa estratégia.

Perto das 13h, os papéis da Yduqs tinham baixa de 5,61%, cotados a R$ 12,78, liderando as perdas entre as ações integrantes do Ibovespa. Já MBRF avançava 8,54%, a R$ 23,65, entre as maiores altas. No mesmo horário, o principal índice da bolsa subia 0,50%, aos 157.954 pontos.

A Yduqs divulgou ontem o seu balanço trimestral com uma queda de 36% do lucro líquido no terceiro trimestre ante igual período no ano passado, para R$ 98 milhões, enquanto o Ebitda, uma medida de lucro operacional, subiu 6%, para R$ 508 milhões no intervalo. A receita líquida totalizou R$ 1,35 bilhão, crescimento de 3%.

Em linhas gerais, as casas de análise divergem na leitura dos números. Algumas viram os números relativos ao lucro e à receita como decepcionantes. Entre os mais pessimistas, o Citi afirma que os números não vierem totalmente positivos, em especial na linha operacional, já que o Ebitda ficou 7% abaixo do estimado.

O Safra também destacou o lucro da empresa inferior às suas estimativas, principalmente devido aos resultados financeiros, com os juros ainda elevados no Brasil e que prejudicam empresas do setor. Ainda assim, manteve a recomendação de compra dos papéis, sobretudo por causa do bom desempenho do fluxo de caixa livre e do efeito disso para a diminuição do endividamento. O fluxo de caixa livre é o dinheiro gerado pela empresa depois de subtrair despesas de capital – o capex, que são os investimentos nas próprias operações – e as despesas operacionais.

Já a MBRF está mais uma vez passando por um movimento de alta por motivos técnicos – no caso, o short squeeze. Operadores citam essa possibilidade diante do nível alto de aluguel de ações da companhia, conforme mostrou o InvestNews.

O short squeeze é o movimento de alta sequencial de uma ação causado quando vários investidores que estavam apostando na queda dos papéis – estratégia chamada de short selling – são obrigados a “cobrir” as suas posições para evitar mais perdas.

De modo simples: o investidor aluga o papel de outra pessoa e o vende no mercado, esperando que as ações recuem algum tempo depois. Quando a queda acontece, ele recompra a ação mais barata e devolve a quem lhe emprestou, embolsando o lucro da operação.

Só que, se o papel passar a subir, o investidor acaba registrando prejuízo, já que terá que recomprá-lo a preços mais altos. Quando há muitos papéis alugados e vários investidores começam a fazer a mesma coisa, os preços vão subindo cada vez mais.

Na última terça-feira (11), quando divulgou do seu primeiro balanço após a fusão da BRF com a Marfrig, a MBRF havia subido 8,15%. Desde então, os papéis só avançaram e já acumulam 28% de valorização em somente 5 pregões.

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