Os investidores da chamada geração X, dos que nasceram entre meados dos anos 1960 e início da década de 1980 e, portanto, estão na faixa entre 40 e 59 anos, representam apenas 21% da base. E entre os mais velhos, aqueles da geração conhecida como “baby bommers”, com idades acima dos 60 anos, apenas 5% têm negociado criptoativos.
Mas no outro lado da moeda digital, a pesquisa mostra que os mais velhos investem bem mais. Em termos de valor médio das transações, os bommers ficam muito acima da geração Z, com um volume financeiro 15 vezes maior.
Enquanto os mais novos negociam uma média de R$ 4 mil, os sessentões e acima já pulam para R$ 60 mil. No meio termo, aparecem os clientes da geração X, com tíquete médio de R$ 40 mil e os millenials, com R$ 18 mil.
O diretor de novos negócios do MB, Fabrício Tota, conta ainda que os clientes mais antigos do grupo fazem parte das gerações intermediárias, os millenials e a X, com idades entre 30 e acima dos 50 anos. A geração Z, daqueles com menos de 30 anos, veio depois até porque são investidores que estão no início de sua jornada.
Os mais jovens também têm uma tendência a girar menos a carteira e segurar mais tempo as criptomoedas. Conforme o diretor do MB, são investidores que ainda estão aprendendo como o mercado funciona. Mas também reflete a mudança de status do Bitcoin, que nasceu como uma moeda digital descentralizada e hoje é considerado como uma reserva de valor pelos adeptos desse mercado.
Desempenho das principais criptomoedas do mercado
O Bitcoin (BTC) opera estável nesta quinta-feira (21), recuando apenas 0,07% e cotado a US$ 113.493,18 (R$ 620.808,69). A pressão de venda continua no radar dos investidores, refletindo um momento de cautela no mercado cripto.
Às 8h20, as principais criptomoedas operavam em alta; veja as cotações:
Bitcoin (BTC): – 0,07%, US$ 113.493,18
Ethereum (ETH): + 2,08%, US$ 4.300,27
XRP (XRP): + 0,42%, US$ 2,90
BNB (BNB): + 2,51, US$ 853,54
Solana (SOL): + 2,24%, US$ 184,64
Outros destaques do dia:
TRON (TRX): + 0,69%, US$ 0,3530
Principais notícias do mercado cripto
Nu Asset lança ETF de contratos futuros de Bitcoin. A Nu Asset, gestora de fundos de investimentos do Nubank, lançou o primeiro ETF no Brasil a oferecer exposição ao Bitcoin por meio de contratos futuros negociados na B3. O produto, negociado com o ticker NBIT11 na B3, foi desenvolvido em parceria com a Nasdaq. Os ETFs são fundos que acompanham um índice e têm as cotas negociadas em uma bolsa de valores. O NBIT11 replica o Índice Nasdaq Brazil Bitcoin Futures TR (NQBTCBRT), que foi criado exclusivamente para o lançamento desse novo ETF, e acompanha o desempenho dos contratos futuros de Bitcoin com vencimento mensal mais próximo na B3. O mercado de contratos futuros de Bitcoin já movimenta mais de R$ 2 trilhões na bolsa.
Representante do BC rejeita proposta de reserva em Bitcoin. Durante audiência pública na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (20), o chefe do departamento de reservas internacionais, Luis Guilherme Siciliano, rejeitou a ideia de incluir Bitcoin nas reservas brasileiras. Segundo ele, bancos centrais devem priorizar ativos de baixa volatilidade para garantir estabilidade em momentos de crise. Siciliano destacou que a função das reservas é servir como proteção e sustentar a credibilidade da política monetária, o que seria incompatível com a natureza volátil das criptomoedas. Quem também se posicionou contra o projeto de lei que cria a reserva brasileira de Bitcoin foi o chefe da subsecretaria da dívida pública do Ministério da Fazenda, Daniel Leal. O dirigente argumentou que a volatilidade da criptomoeda é incompatível com os fundamentos das reservas internacionais. Na visão do representante do ministério, os modelos de reserva têm de focar em segurança e liquidez e não em retornos.