Pois ontem o presidente Donald Trump sancionou o projeto que deu um basta no impasse, que durou 43 dias. E o que aconteceu com o bitcoin (BTC)? Caiu para a faixa dos US$ 102 mil na manhã desta quinta-feira (13), bem distante dos US$ 126 mil – sua máxima histórica, registrada em outubro.
Na contramão, dois dos principais índices futuros de Nova York sobem nesta manhã: Dow Jones avança 0,86% e S&P 500 pula 0,6%. O Nasdaq, por outro lado, cai 0,26%.
Apesar de o fim do shutdown ter sido assinado, ainda pode levar dias, ou mesmo semanas, para que a máquina federal americana volte a operar plenamente. Isso afeta o mercado.
Os analistas acreditam que o cenário ainda precisa se reequilibrar antes de o BTC retomar o fôlego. Além do término da paralisação, um dólar mais fraco – que costuma empurrar investidores para outros ativos – e uma maior liquidez global podem criar um ambiente mais favorável para a cripto no futuro.
“As próximas atualizações econômicas nos Estados Unidos e o fim da paralisação do governo americano podem trazer maior volatilidade ao mercado e provocar movimentos mais amplos de preço”, disse Guilherme Prado, country manager da Bitget.
As principais altcoins – nome usado para identificar qualquer cripto diferente do BTC – também caem nesta manhã. O ethereum (ETH) desvaloriza 1,50%, enquanto a solana (SOL) recua 1,84%.
O único token (do grupo das maiores criptos) em alta hoje é o XRP, que avança 2%. A valorização vem na esteira da expectativa de lançamento, nos Estados Unidos, do primeiro ETF à vista da criptomoeda – a quarta maior do mercado.
Em documento enviado ontem à SEC (a CVM americana), a Nasdaq informou ter certificado o ETF criado pela firma de investimento Canary Capital Group e aprovado sua listagem.
Veja as cotações das principais criptomoedas às 8h40:
Bitcoin (BTC): -1,89%, US$ 102.835,10
Ethereum (ETH): -1,52%, US$ 3.494,06
XRP (XRP): +2,00%, US$ 2,48
BNB (BNB): -0,60%, US$ 966,02
Solana (SOL): -1,84%, US$ 156,49
Outros destaques do mercado cripto
Até tu, JPMorgan? O JPMorgan, gigante global de serviços financeiros, lançou sua própria cripto: a JPM Coin (JPMD), voltada a clientes institucionais. Ela funciona como um token de depósito, permitindo transações instantâneas, 24 horas por dia. No mês passado, o banco também passou a aceitar criptos como garantia em empréstimos. Interessante ver essa virada, né? Até janeiro deste ano, o CEO da companhia ainda era um crítico feroz do bitcoin.
Stablecoin brazuca chega a R$ 1 bi. O Brasil também tem suas próprias stablecoins – criptomoedas atreladas ao real. A BRL1, uma das mais novas entre as seis moedas existentes por aqui, ultrapassou a marca de R$ 1 bilhão em volume negociado desde o lançamento, em 17 de fevereiro deste ano. Ainda está longe das stablecoins gigantes em dólar, que movimentam mais de US$ 150 bilhões por dia, mas já é um começo promissor.

