Logo atrás no ranking estão, pela ordem de posição, Estados Unidos, Vietnã, Ucrânia e Brasil, que lidera na América Latina. A região foi a segunda que mais cresceu em atividade on-chain (operação nas redes de blockchain) em 2025, com alta de 63%, impulsionada especialmente por Brasil, Venezuela e Argentina.
A liderança indiana reflete um ecossistema que já nasceu digitalizado. Com um dos sistemas de pagamentos instantâneos mais avançados do mundo, o UPI, usado por centenas de milhões de pessoas, o país tem visto uma transição acelerada do dinheiro físico para soluções digitais. Além disso, fatores como alta inflação no passado, busca por alternativas ao sistema bancário tradicional e forte presença de desenvolvedores impulsionaram o uso de stablecoins e DeFi entre a população local.
A Chainalysis destaca que a adoção tem crescido de forma descentralizada, com países emergentes usando criptomoedas para remessas, preservação de valor e serviços financeiros alternativos. Já as economias desenvolvidas concentram o maior volume de capital movimentado, com América do Norte e Europa superando US$ 2 trilhões cada em transações no último ano. No Brasil, o avanço regulatório e o debate crescente sobre o papel do cripto no sistema financeiro tradicional têm ajudado a fortalecer a presença dos ativos digitais na economia.
Desempenho das principais criptomoedas
O Bitcoin teve pouca variação nesta quinta-feira (4), em um dia de cautela nos mercados. A expectativa por dados do mercado de trabalho dos EUA e incertezas sobre os juros mantiveram os investidores mais conservadores, afastando o apetite por ativos considerados mais arriscados, como as criptomoedas.
Às 8h30, as principais criptomoedas operavam em queda; veja as cotações:
Bitcoin (BTC): -0,52%, US$ 110.932,69
Ethereum (ETH): +0,96%, US$ 4.415,94
XRP (XRP): -0,36%, US$ 2,84
BNB (BNB): -0,62%, US$ 849,04
Solana (SOL): -1,34%, US$ 207,70
Outros destaques do dia:
TRON (TRX): -0,22%, US$ 0,3391
Principais notícias do mercado cripto
Paraná quer usar blockchain para registrar veículos. O Detran do Paraná, em parceria com o Tecpar e empresas como Vetrii e Banco BV, estuda criar um token digital único (DID) para cada veículo, registrando todo o histórico automotivo em blockchain. A proposta, segundo informações do Cointelegraph Brasil, visa combater fraudes em quilometragem e laudos, agilizar financiamentos e transferências e integrar dados hoje registrados manualmente. A ideia é lançar um “passaporte veicular digital” que traria mais segurança, rastreabilidade e transparência para motoristas, bancos e seguradoras, alinhando o estado às tendências nacionais de digitalização como o Drex. Os próximos passos envolvem testes-piloto e integração com os sistemas do Detran-PR.
UE cobra regras rígidas para emissores estrangeiros de stablecoins. A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, defendeu nesta quarta-feira (3) que emissores estrangeiros de stablecoins, como as lastreadas em dólar, sigam os mesmos padrões exigidos na União Europeia, alertando para o risco de fuga de reservas e instabilidade financeira. Segundo ela, só deveriam operar no bloco projetos que estejam sujeitos a “regimes de equivalência robustos” em seus países de origem. A fala reforça a importância da cooperação internacional em um momento em que a UE implementa uma das regulações mais rígidas do mundo para criptoativos, exigindo reservas integrais para stablecoins e maior vigilância sobre emissores globais.