“Os EUA estão dispostos a continuar comprando pesos e títulos de dívidas, e todas as opções estão sobre a mesa”, disse o ministro da Economia, Luís Caputo, em entrevista para o canal de TV LN+, de Buenos Aires. “Hoje, a maior potência mundial diz: ‘argentinos, faremos o que for preciso para colocar as coisas em ordem para vocês’”.
Os comentários foram feitos antes da reunião planejada para 14 de outubro entre Milei e o presidente americano Donald Trump na Casa Branca. E a duas semanas das eleições legislativas, os investidores estão monitorando de perto em busca de indícios da força política do líder argentino.
US$ 20 bi para a Argentina
Nas últimas semanas, os EUA agiram rapidamente para estabilizar a economia argentina, oferecendo US$ 20 bilhões em financiamento e realizando uma rara intervenção no mercado cambial para sustentar o peso após semanas de fortes quedas.
O Tesouro também comprou pesos diretamente, em uma ação que se seguiu aos esforços fracassados das autoridades argentinas para conter a queda por conta própria.
Caputo afirmou que o acordo com o Tesouro americano não implica dolarização ou desvalorização do peso. Ele sugeriu que a Argentina manterá seu atual regime de banda cambial após as eleições de meio de mandato de 26 de outubro.
Ele acrescentou que a intervenção dos EUA não deve afetar a linha de swap cambial de US$ 18 bilhões da Argentina com a China, que foi parcialmente renovada no início deste mês.
Antes de Washington intervir no mercado, o Tesouro argentino já havia investido US$ 1,8 bilhão em uma tentativa de dar suporte ao peso. Os mercados do país reabrem nesta segunda-feira, após o feriado nacional na sexta-feira.