A BRF, uma das maiores fornecedoras de frango do mundo, espera que o Brasil se beneficie de uma possível guerra comercial entre os EUA e a China quando Donald Trump assumir o poder no próximo ano.
Uma medida do governo Trump para restringir as importações da China – um dos principais importadores de frango dos EUA – pode levar o país asiático a retaliar. Isso desviaria parte de suas compras de carne para o Brasil, de acordo com Leonardo Campo Dallorto, vice-presidente de mercado internacional e planejamento da BRF.
Mais remessas para a China consolidariam o papel do Brasil como o maior fornecedor de frango do mundo. Espera-se que o país sul-americano responda por cerca de 36% das exportações globais no próximo ano, em comparação com 22% para os EUA, de acordo com uma projeção do Departamento de Agricultura dos EUA.
LEIA MAIS: BRF investe em produção de frango na Arábia Saudita de olho no mercado interno
Os produtores brasileiros, como a BRF, aproveitaram a produção cada vez maior de milho e soja do país para expandir o estoque de aves. Enquanto isso, a produção nos EUA foi limitada por um surto de gripe aviária e um declínio na fertilidade dos ovos.
Trump propôs uma tarifa de 10% a 20% sobre todos os produtos importados para os EUA e uma tarifa de 60% sobre os produtos chineses.
Veja também
- Trump conseguirá salvar os frigoríficos americanos e baixar o preço da picanha?
- JBS estuda férias coletivas em até 11 frigoríficos para conter alta nos preços do boi
- Controladores da Minerva vão ao mercado por R$ 705 milhões para aquisições
- JBS investirá R$ 14,5 bilhões para construir seis fábricas na Nigéria
- Após mais de um ano, Cade aprova compra de frigoríficos da Marfrig pela Minerva