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Negócios

Aérea do Reino Unido pede falência e é 1ª vítima do coronavírus no setor

Colapso da empresa acelerou com a forte queda da demanda por viagens em função da disseminação do Covid-19.

Reclamações contra aéreas
Crédito: Envato

O surto de coronavírus fez nesta quinta-feira (5) sua primeira vítima no setor aéreo: a companhia aérea regional Flybe, do Reino Unido, que entrou com pedido de falência. O processo de colapso da empresa, que é noticiado em todos os veículos de comunicação locais, se acelerou com a forte queda da demanda por viagens em função da disseminação do Covid-19.

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Desde janeiro, a companhia apresentava dificuldades, mas o governo do Reino Unido afastou a possibilidade de qualquer intervenção pública direta na empresa para tentar salvá-la.

Aprovaria, no entanto, um possível financiamento e revisão de impostos locais. Não deu tempo. Naquele mês, a Flybe acabou sendo resgatada por um aporte feito por seus acionistas. O fechamento da empresa causa um problema para o governo britânico, que prometeu “subir o nível” do transporte regional no país.

“Todos os voos foram suspensos e os negócios no Reino Unido deixaram de operar imediatamente”, comunicou a operadora, descrita como a maior companhia aérea regional independente da Europa pela imprensa britânica.

Empresa empregava 2,4 mil pessoas

As rotas da Flybe conectavam o Reino Unido com os principais destinos europeus. A empresa empregava 2,4 mil pessoas e transportava cerca de 8 milhões de passageiros por ano por meio de 81 aeroportos e 68 aeronaves

“As dificuldades financeiras de Flybe eram antigas e bem documentadas e antecedem o surto de Covid-19”, afirmou o governo em comunicado, conforme a imprensa local.

Iata eleva projeção de impacto de coronavírus

A Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata, pela sigla em inglês) previu que as perdas de receita do setor em função da epidemia de coronavírus deverão ficar entre US$ 63 bilhões e US$ 113 bilhões em 2020.

Em fevereiro, a Iata havia feito uma projeção de perdas de receita bem menor, de cerca de US$ 29,3 bilhões, levando em consideração um cenário em que o surto se restringiria basicamente à China e a mercados ligados ao país.

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