A Americanas (AMER3), informou na noite desta segunda-feira (23) a contratação da consultoria global de serviços Alvarez & Marsal para atuar como PMO (Project Management Office) junto ao processo de recuperação judicial da companhia, após a descoberta de uma inconsistência bilionária nos números da empresa.
Segundo a varejista, a consultoria atuará em coordenação com a Rothschild & Co, que foi anunciada como interlocutora na renegociação da dívida no Brasil e no exterior na última semana.
“O objetivo da companhia é assegurar que a equipe executiva tenha todo apoio e ferramentas de referência no mercado para atingir os objetivos estratégicos do negócio”, escreveu a Americanas.
Relembre o caso Americanas
No dia 11 de janeiro, a companhia anunciou inconsistências contábeis da ordem de R$ 20 bilhões, o que resultou na renúncia dos então CEO e CFO da empresa.
Dois dias depois, credores pediram o vencimento antecipado das dívidas da companhia e notícias indicaram que os acionistas de referência propuseram um aumento de capital de R$ 6 bilhões, enquanto bancos credores exigiram um mínimo de R$ 10 bilhões.
Na mesma data, a companhia conseguiu uma tutela de urgência na justiça, suspendendo por 30 dias o vencimento antecipado das dívidas e quaisquer obrigações.
Posteriormente, o BTG Pacutal realizou um pedido para derrubar a medida, que foi indeferido pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Em meio aos desdobramentos, a companhia, que teve sua nota de crédito rebaixada por agências de classificação de risco, chegou a anunciar a contratação do Rothschild & Co como seu representante no processo de reestruturação com credores e a nova CFO Camille Faria, uma executiva com experiência em processos de recuperação judicial, foi anunciada.
A Justiça aceitou no dia 19 de janeiro o pedido de recuperação judicial feito horas antes pelas Lojas Americanas. A decisão é da da 4ª Vara Empresarial da Comarca do Rio de Janeiro.
Após a notícia, a B3 informou que excluiu a varejista de todos os seus índices de referência. A varejista informou uma dívida junto aos credores que soma R$ 43 bilhões.
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) anunciou a criação de uma força-tarefa com várias superintendências para analisar o caso. O órgão disse que buscava cooperação com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal.
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