Por David Shepardson
WASHINGTON (Reuters) – A Administração Federal de Aviação (FAA), agência de aviação dos Estados Unidos, informou que sua auditoria da produção do 737 MAX na Boeing e na fornecedora Spirit AeroSystems encontrou vários casos em que as empresas supostamente não cumpriram os requisitos de controle de qualidade de fabricação.
A agência também disse que encontrou “problemas de não conformidade no controle do processo de fabricação da Boeing, no manuseio e armazenamento de peças e no controle de produtos”. A instituição não detalhou as ações corretivas específicas que a Boeing e a Spirit devem tomar, mas enviou um resumo de suas conclusões às empresas em sua auditoria concluída.
A Spirit AeroSystems, que fabrica a fuselagem do MAX, disse que está “em comunicação com a Boeing e a Administração Federal de Aviação sobre as ações corretivas apropriadas”.
A Boeing disse em resposta que “em virtude… das conclusões da auditoria da Administração Federal de Aviação e do recente relatório do painel de revisão de especialistas, temos uma imagem clara do que precisa ser feito”.
A auditoria foi motivada por uma emergência em pleno ar, em 5 de janeiro, envolvendo um novo 737 MAX 9 da Alaska Airlines que perdeu parte da fuselagem a 4.877 metros de altitude. A FAA já havia impedido a Boeing de ampliar a produção do 737 e, em janeiro, disse que “os problemas de garantia de qualidade que temos visto são inaceitáveis”.
Na semana passada, o administrador da FAA, Mike Whitaker, disse que a Boeing precisa desenvolver um plano abrangente para resolver “problemas sistêmicos de controle de qualidade” dentro de 90 dias, após uma reunião, em 27 de fevereiro, com o presidente-executivo Dave Calhoun.
Whitaker disse que o plano da Boeing deve incorporar os resultados da auditoria da FAA da linha de produção e as descobertas de um relatório do painel de revisão de especialistas divulgado na semana passada.
A agência tem criticado uma série de problemas de qualidade da Boeing ao longo dos anos. Em 2021, a Boeing pagou uma multa de 6,6 milhões de dólares à FAA como parte de um acordo sobre falhas de qualidade e supervisão de segurança que remontam a anos anteriores.
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