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Negócios

Boom de M&A vai se intensificar nos próximos meses, diz Vinland

Gestora independente vê espaço para fusões e aquisições nos setores de finanças, saúde e varejo, onde há um conjunto de empresas dado alto grau de alavancagem.

Uma das principais gestoras independentes brasileiras vê um boom de fusões e aquisições entre empresas, à medida que o país se aproxima do fim de um ciclo de afrouxamento monetário após um longo período de juros altos.

A Vinland Capital, gestora responsável por R$ 14 bilhões em ativos, acredita que esse tipo de negócio, conhecido pela sigla em inglês M&A, vai se intensificar nos próximos meses, diz Humberto Meireles, sócio e e integrante da equipe de gestão de equities. 

Ele vê espaço sobretudo nos setores de finanças, saúde e varejo, onde há um conjunto de empresas que sofreram mais durante o aperto monetário e companhias com alto grau de alavancagem.

“Esse boom de M&A só vai intensificar adiante”, afirma ele. “Várias empresas saíram machucadas, com cicatrizes do ciclo (de aperto) monetário e outras nem tanto — e essas mais fortalecidas vão aproveitar o momento para novos investimentos”, diz em entrevista.

O mercado tem demonstrado os primeiros sinais de fortalecimento dos M&As. Além do negócio bilionário entre Arezzo e Grupo Soma, uma série de empresas começaram a se movimentar, como na proposta ainda em estudo para fundir parte das operações de 3R Petroleum e PetroReconcavo, a tentativa de Bradesco e Banco do Brasil para fechar capital da Cielo e mesmo a ação frustrada da Eneva sobre a Vibra — que ainda mira em térmicas da Eletrobras. 

A gestora tem como foco na bolsa posição levemente comprada em utilities, segundo boletim semanal divulgado nesta terça-feira. Na estratégia macro, a Vinland disse estar vendida em dólar contra o real. Em juros, a gestora está posicionada em queda das taxas de curto prazo no Brasil, por meio de estruturas de opções. A Vinland avalia que o BC pode alterar a sinalização dos próximos passos e deixar de indicar plural no “forward guidance”, passando a mencionar flexibilização de “mesmo ritmo na próxima reunião”.

“Mas essa mudança não significa que o BC irá necessariamente diminuir o passo de cortes de juros à frente”, disse a Vinland no boletim, ao avaliar que o cenário de inflação deve se mostrar mais benigno à frente.

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