A CCR (CCRO3) mais que triplicou o lucro no terceiro trimestre, com o aumento de tráfego nos principais modais que opera ampliando o faturamento, mas também com receita extra da venda da participação na prestadora norte-americana de serviços aeroportuários Total Airport Services (TAS).
A operadora de concessões de infraestrutura anunciou nesta quinta-feira (10) lucro líquido de R$ 606,5 milhões entre julho e setembro, um salto de 230% sobre um ano antes. Fora efeitos não recorrentes, o lucro atingiu 228,3 milhões (+26,8%).
Em bases comparáveis, a receita líquida da CCR no período foi 20% mais alta ano a ano, para 2,45 bilhões de reais, com destaque para os modais de transporte e de mobilidade.
O resultado operacional da CCR medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado cresceu 45,1%, a R$ 2,34 bilhões, com a margem subindo 11 pontos percentuais, a 73,6%. O Ebitda foi turbinado em cerca de 500 milhões de reais da venda da TAS.
A companhia fechou setembro com uma alavancagem medida pela relação dívida líquida/Ebitda de 1,6 vez, ante 2,4 vezes 12 meses antes. Excluindo uma receita extraordinária obtida neste ano com a extensão de prazo da concessão da Autoban, esse indicador sobe a 2,8 vezes.
Segundo a gerente de relações com investidores da CCR, Flavia Godoy, entre os ativos de infraestrutura cujas concessões estão para ser licitadas, a empresa tem maior interesse no lote de rodovias do Paraná, com o edital esperando publicação ainda para este ano pelo governo federal, além das BR-381 (MG/ES) e a BR-040 (DF/GO/MG). A companhia também planeja participar do leilão do eixo Norte do Rodoanel, em São Paulo, em 2023.
“Também temos interesse na relicitação dos aeroportos de Viracopos (SP) e São Gonçalo do Amarante (RN)”, disse ela.
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