CCR supera Pátria e EPR e leva pacote de rodovias do Paraná

A CCR venceu nesta quinta-feira (12) o leilão da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para concessão do lote 3 do Sistema Integrado de Rodovias do Paraná, com desconto de 26,6% sobre a tarifa básica de pedágio.

O lote leiloado envolve 21 cidades e possui extensão de 570 quilômetros. O trecho da concessão se inicia em Ponta Grossa, um dos principais entroncamentos rodoferroviários do Brasil e detentor do quinto maior Produto Interno Bruto (PIB) industrial do Estado, seguindo até Londrina, o maior município do interior do Paraná, com 555,9 mil habitantes. 

Com a vitória, a CCR assume o compromisso de investir R$ 9,8 bilhões nos próximos anos. Entre as melhorias previstas estão a construção de quatro contornos viários, sendo dois deles em Ponta Grossa. A concessão será de 30 anos.

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Além da CCR, também participaram do certame EPR, Pátria e o consórcio 4UM/Opportunity. O leilão passou para etapa de lances à viva-voz com EPR, CCR e Pátria, que ofertaram deságio superior a 20% em proposta inicial. A etapa de lances à viva-voz durou cerca de 20 minutos e teve como base o desconto de 24,18% sobre a tarifa do pedágio proposto pela EPR, o maior na primeira etapa. Como a proposta de deságio superou 18%, a CCR terá que antecipar R$ 1 bilhão, que ficará depositado em uma conta para contigências.

O ministro dos Transportes, Renan Filho, afirmou que o desconto oferecido pela CCR representa uma redução no preço médio das praças de pedágio da região de 70%, caindo de R$ 25 por 100 quilômetros nos últimos anos para R$ 10.

Esse é o terceiro leilão que a CCR participa em pouco menos de dois meses. A companhia, controlada por Itaúsa, Votorantim e Mover (antiga Camargo Corrêa), venceu o leilão da Rota Sorocabana no fim de outubro pagando R$ 1,6 bilhão pela concessão. Por outro lado, foi superada pela EcoRodovias no certame da Raposo Tavares no fim de novembro, perdendo a concessão para a concorrente, que ofereceu mais que o dobro.

O presidente da CCR Rodovias, Eduardo Camargo, afirmou após o leilão que, com o lote arrematado nesta quinta-feira, o grupo passa de 4 mil quilômetros de rodovias operadas no Brasil. “A gente operou parte deste lote através da Rodonorte e é um corredor muito importante de exportação”, disse Camargo durante cerimônia de batida de martelo na B3, em São Paulo.