A Coca-Cola (COCA34) elevou sua previsão de receita para o ano inteiro nesta terça-feira (26), com a demanda por refrigerantes se mantendo forte apesar dos aumentos de preços para atenuar o impacto dos custos mais altos de insumos essenciais, como xarope de milho e latas de alumínio.
A fabricante de bebidas disse agora que a receita orgânica, que exclui o impacto de um dólar mais forte, deve aumentar de 12% a 13% em 2022, em comparação com a expectativa anterior de aumento de 7% a 8%.
“Os resultados da Coca-Cola são uma prova do valor de sua marca porque os consumidores não estão dispostos a trocar por outras colas, apesar do aumento dos preços”, disse Garrett Nelson, analista da CFRA.
No trimestre encerrado em 1º de julho, a receita líquida aumentou 12%, para 11,3 bilhões de dólares, superando as expectativas dos analistas de 10,55 bilhões de dólares, segundo dados do Refinitiv IBES.
A empresa também disse que os volumes de vendas globais subiram 8% no segundo trimestre, impulsionados pelo crescimento nos mercados desenvolvidos e emergentes, enquanto os preços médios de venda aumentaram cerca de 12%.
Os resultados, porém, evidenciaram o impacto do aumento das despesas, com a margem operacional comparável caindo de 31,7% para 30,7%.
O presidente-executivo da Coca-Cola, James Quincey, disse que a empresa elevará ainda mais os preços em mercados onde os custos estão aumentando e pretende repassar a maioria deles aos consumidores antes de uma possível recessão.
A companhia estava se preparando para uma desaceleração econômica com investimentos em embalagens menores e mais baratas, disse Quincey, mas acrescentou que os produtos da empresa estão historicamente entre os últimos a ver uma desaceleração na demanda durante as recessões.
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