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Negócios

Copa do Mundo e descontos em novembro apagam vendas na Black Friday 2022

Volume de vendas na sexta-feira e sábado de Black Friday caiu em comparação com mesma data um ano antes. Ações de varejistas caem.

Black Friday (Foto: un-perfekt / Pixabay)
Black Friday (Foto: un-perfekt / Pixabay)

Dados da Confi Neotrust, em parceria com a empresa de inteligência de dados ClearSale, revelaram recuo anual de 34,2% no faturamento do varejo online de meia-noite de quinta-feira até sexta-feira às 19 horas, para cerca de R$ 3,1 bilhões.

No sábado, o desempenho melhorou, mas ainda assim ficou 4,3% abaixo do faturamento visto um ano antes, movimentando cerca de R$ 1,2 bilhão, segundo dados da Neotrust com base nas vendas do dia inteiro.

Com isso, as ações de varejistas brasileiras caíam nesta segunda-feira na B3. Às 11:10, as ações de Americanas (AMER3) caíam 5,75%, a 10,32 reais, entre as maiores perdas do Ibovespa, que cedia 0,19%. As rivais Via (VIIA3) e Magazine Luiza (MGLU3) cediam caíam 2,23% e 2,34%, respectivamente.

Dados da Neotrust também mostram recuo no acumulado em novembro. Marcelo Queiroz, chefe de estratégia de mercado da ClearSale, disse que “o faturamento total do e-commerce, de 1 de novembro até o dia 26, às 23h59, fechou com R$ 17,7 bilhões, algo cerca de 8% menor que 2021”.

Desempenho no dia oficial da Black Friday

Segundo levantamento da Linx, líder em software para varejo, o volume de vendas no dia oficial da Black Friday (sexta-feira, 25) foram menores em relação ao ano passado, o que confirma a mudança de comportamento do consumidor ao fazer compras diluídas ao longo do mês de novembro. Promoções antecipadas e a Copa do Mundo influenciaram, de acordo com o levantamento.

Entre e 1 a 24 de novembro teve aumento de 9% nas vendas no varejo físico na comparação com o mesmo período do ano anterior.

No entanto, as vendas on-line no dia 25 registraram alta de 46% no tíquete médio na comparação anual. Mas ao levar em consideração os 10 grandes varejistas brasileiros, o cenário muda: são menos pedidos, mas com maior quantidade de itens, e um aumento de 26% no faturamento. Somente até as 14h da sexta-feira, o faturamento atingia 76% do registrado no ano anterior, nesta mesma base, segundo a Linx.

Já o destaque desta Black Friday foi o crescimento dos pedidos para retirada em loja. A modalidade representou 20,72% dos pedidos durante o evento, o que representa um aumento de 33% em relação ao ano anterior e de 51% em relação ao período pré-pandemia, em 2019.

Termos mais buscados

Em relação às buscas, o termo mais procurado durante toda Black Friday foi “geladeira”. Veja abaixo outros itens mais buscados:

  • Busca por air fryer aumentou 170% na Black Friday, em comparação com a quinta-feira (24).
  • A categoria “celular/smartphone” alcançou o posto de segundo item mais procurado nas lojas on-line no dia da Black Friday.
  • Eletrodoméstico foi o segmento com maior volume e recorrência de buscas no período.
  • Somente o iPhone 13 registrou aumento de quase 95% de buscas de quinta para sexta-feira.
  • Games no radar, com busca por Playstation 5 aumentando em 240% de quinta para sexta-feira.

Sábado de Black Friday tem ‘reviravolta’

O faturamento registrado apenas no sábado (26) foi 4,3% menor quando comparado com a mesma data um ano antes, segundo aponta a Neotrust em parceria com a ClearSale. No entanto, o desempenho refletiu uma melhora em comparação à sexta-feira. Foram realizadas mais de R$ 1,2 bilhão em transações no e-commerce brasileiro do período da 0h de sábado (26) até às 23h59. O ticket médio foi de R$ 571,15 – mesmo número de 2021.

Já o total de pedidos – que atingiu a marca de 2,2 milhões – também registrou queda: de 4,4%, em relação ao mesmo dia do ano anterior. Para o levantamento, as empresas consideraram as transações realizadas no dia 26 de novembro, da meia-noite até 23h59, com base nos clientes.

Segundo o balanço do Hora a Hora, as categorias que mais faturaram no sábado da Black Friday foram: eletrodomésticos, eletrônicos, telefonia, móveis e moda e acessórios.

Procon-SP recebe quase mil queixas

Ao menos 900 reclamações firam registradas até a manhã desta segunda-feira (28) sobre a Black Friday. A maior parte dos questionamentos apontou atraso ou não entrega do produto. Veja abaixo ranking de reclamações divulgada pelo órgão:

Motivo da reclamação
Atraso ou não entrega do produto286
Maquiagem de desconto (quando o desconto oferecido não é real)104
Produto ou serviço ser entregue diferente, incompleto ou com danos 101
Mudança de preço ao finalizar a compra94
Produto ou serviço indisponível 93

Com Reuters

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