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Negócios

‘Em outubro, recuperamos 85% das vendas’, diz Multiplan

A empresa alcançou uma taxa de ocupação de 95,3% em setembro. Na pré-pandemia, estava em 97%.

Um ano longo e de muito trabalho para compensar o cenário trazido pela pandemia. É assim que Armando d’Almeida Neto, vice-presidente Financeiro e de Relações com Investidores da Multiplan (MULT3), uma das maiores empresas da indústria de shopping centers do país,  analisa 2020.

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Ao InvestNews Entrevista, ele disse que a companhia recuperou 85% das vendas em outubro na comparação com o mesmo mês de 2019 e alcançou uma taxa de ocupação de 95,3% em suas unidades em setembro. Na pré-pandemia, essa taxa estava em 97%.

“Nós recuperamos 85% das vendas que tínhamos em outubro. Para quem foi a zero, foi uma recuperação muito rápida”, disse.

Como mais de 5800 lojas e cerca de 190 milhões de visitas ao ano nas 19 unidades em operação no país, a chegada da pandemia fez a Multiplan fechar todas as lojas em um intervalo de uma semana. A companhia abriu mão de mais de R$ 520 milhões em aluguéis para ajudar os lojistas a atravessarem a crise.

Em relação à retomada total do setor, Neto afirmou ser difícil prever. Segundo ele, este cenário só será possível com a volta das atividades por completo e a chegada de uma vacina, mas que a recuperação já está acontecendo.

Futuro dos shoppings

Sobre o futuro das vendas entre o mundo digital, que tem colocado cada vez mais o ato da compra na palma da mão do consumidor, e as lojas físicas, o executivo destaca haver diferença na experiência de compra e defende que o varejo físico não deixará de existir após a pandemia . “O consumidor quer passear, encontrar outras pessoas, observar os produtos mais de perto, o que é possível fazer dentro de shoppings. Por mais que você tenha facilidades com o mundo digital, o convívio e a experiência têm um valor enorme”, explicou.

Já em relação ao shopping do futuro, Armando afirma que uma das grandes tendências é integrar os shoppings a áreas verdes, parques, praças, fazendo dos locais um ponto de convivência.

Outra tendência que ele aponta é os shoppings serem sustentáveis. “São investimentos que precisam ser feitos no início do shopping, como o de reuso de água e toda geração de energia. O máximo que puder gerar de sustentabilidade ambiental. E isso tem um princípio econômico. Ele também é sustentável economicamente. E o mais importante é as pessoas terem prazer de estar no empreendimento”, afirmou.

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