Os gargalos ao longo da cadeia de suprimentos da aviação podem tornar difícil para a Embraer (EMBR3) cumprir suas metas de entrega de aeronaves até o final do ano.
“Estamos sofrendo com essas restrições da cadeia de suprimentos. Tivemos um primeiro semestre difícil”, disse o CEO Francisco Gomes Neto em entrevista à Bloomberg antes da feira aerospacial de Farnborough na Inglaterra, que começa oficialmente nesta segunda-feira. “Estamos fazendo todo o possível para mitigar os problemas.”
A Embraer não está sozinha na dificuldade de conseguir as peças necessárias para fabricar aeronaves. A Airbus disse no mês passado que até o final de maio tinha 20 aeronaves totalmente construídas sem motores, que não chegam.
Conhecida por fabricar jatos regionais menores usados para trechos mais curtos, a Embraer mantém sua estimativa de entregar entre 60 e 70 aviões da família E-Jet este ano, ante 50 enviados em 2020 e 2021.
A escassez de componentes, juntamente com a escassez de mão de obra nos EUA, são os problemas que mais prejudicam a Embraer atualmente, disse Gomes Neto, lembrando que ainda há “muitas” entregas a serem cumpridas até o final do ano.
O terceiro trimestre deve dar à fabricante de aviões uma ideia melhor de quão perto pode chegar de atingir os principais objetivos, mas Gomes Neto disse que estava esperançoso de atingir as metas estabelecidas.
A Embraer já destacou mais de 20 funcionários para trabalhar com fornecedores e alguns subfornecedores cobrindo os pontos mais críticos da cadeia de suprimentos para garantir que receba as peças de que precisa, disse o executivo.
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