Alphabet supera expectativas para lucro; CFO assumirá novo cargo
O lucro do segundo trimestre da Alphabet (GOGL34) superou as expectativas de Wall Street nesta terça-feira (25), e a controladora do Google anunciou que sua diretora financeira de longa data, Ruth Porat, assumirá um novo cargo enquanto a empresa busca um novo diretor financeiro.
Os resultados da Alphabet foram ajudados pela demanda contínua por seus serviços em nuvem e uma recuperação na publicidade. As ações subiam quase 5% no pós-mercado.
Porat, contratada em 2015, é uma das executivas femininas mais proeminentes do Vale do Silício e supervisionou um crescimento tremendo na Alphabet. Ela assumirá o cargo de diretora de investimentos e presidente a partir de 1º de setembro.
Os anunciantes, que compõem uma grande parte da receita da Alphabet, reduziram os gastos em plataformas não testadas, o que beneficiou a empresa-mãe do Google, bem como a proprietária do Facebook, a Meta.
O Google Cloud, que está entre os maiores provedores de serviços em nuvem, deve se beneficiar do crescimento impulsionado pela forte adoção de ferramentas de inteligência artificial.
A empresa relatou um lucro líquido de US$ 1,44 por ação para o período de abril a junho, em comparação com estimativas de US$ 1,34 dólar por papel.
A receita do trimestre foi de US$ 74,6 bilhões, ante estimativa de US$ 72,82 bilhões de dólares, segundo dados da Refinitiv.
Microsoft supera estimativas trimestrais com impulso de IA sobre unidades em nuvem
A Microsoft (MSFT34) superou as estimativas de Wall Street para a receita e o lucro do quarto trimestre, com suas unidades em nuvem se beneficiando das atualizações de produtos com nova tecnologia de inteligência artificial (IA).
A receita aumentou para US$ 56,2 bilhões no trimestre encerrado em junho, em comparação com consenso dos analistas de US$ 55,5 bilhões, segundo a Refinitiv. O lucro líquido foi de US$ 2,69 por ação, acima das estimativas de US$ 2,55 por papel.
No entanto, as ações da empresa caíam 2% nas negociações pós-mercado, depois de também apresentar um aumento sequencial acentuado nas despesas de capital.
A unidade Intelligent Cloud da Microsoft, que abriga a plataforma de computação em nuvem Azure, aumentou a receita para US$ 24 bilhões, ante expectativas de US$ 23,8 bilhões.
A receita do Azure aumentou 26%, superando a estimativa de crescimento de 25,2% do Visible Alpha.
A empresa não divulga o valor absoluto da receita do Azure, a parte do negócio da Microsoft mais bem posicionada para capitalizar o crescente interesse em IA.
Wall Street está analisando como os serviços de IA generativa podem beneficiar a Microsoft, que obteve uma vantagem inicial com os investimentos na OpenAI, proprietária do popular serviço ChatGPT.
A Microsoft está inserindo IA em seus próprios produtos, como o “Copilot” de US$ 30 por mês para seu serviço Microsoft 365, que pode resumir os e-mails de um dia em uma atualização rápida. Também pretende vender serviços de computação em nuvem que outras empresas usarão para construir serviços de IA.
As despesas de capital saltaram para 10,7 bilhões de dólares no quarto trimestre, de US$ 7,8 bilhões no terceiro trimestre fiscal, depois que a empresa informou anteriormente aos investidores que os gastos aumentariam à medida que constrói centros de dados para trabalhos de IA.
Copel prevê lançar oferta para privatização até 4ª-feira, pode levantar até R$ 5 bi
A Copel (CPLE6) anunciou que planeja lançar até quarta-feira a oferta de ações que levará à sua privatização, no que deverá ser uma das principais operações do mercado acionário brasileiro neste ano.
Em fato relevante divulgado nesta terça-feira, a companhia paranaense disse que o potencial “follow on” poderia levantar entre R$ 4,3 bilhões e R$ 5 bilhões, com base no preço de fechamento de sua ação na véspera.
A companhia elétrica disse ainda que a operação deve ser constituída por emissão primária de ações, além da oferta secundária que terá como vendedor o estado do Paraná.
Segundo uma fonte próxima da operação, que falou sob condição de anonimato, a companhia e os bancos envolvidos se esforçaram para lançar a oferta dentro desta janela de mercado para aproveitar as condições favoráveis para a operação.
“Tende a ser uma das maiores importantes do ano, seja pelo tamanho seja pela essência da privatização”, disse.
Caso a companhia demorasse mais algumas semanas para lançar a operação, poderiam afetar o roadshow e a precificação da oferta as férias de verão no Hemisfério Norte durante o mês de agosto e eventuais restrições da CVM, com a Copel eventualmente tendo que utilizar o balanço do segundo trimestre como referência para a operação.
O “follow on” de privatização, inspirado nos moldes do realizado pela Eletrobras, deve ir a mercado mesmo sem haver definição sobre pontos considerados importantes para a operação que estão pendentes de análise por órgãos de controle.
O Tribunal de Contas da União (TCU) ainda precisa definir o bônus de outorga bilionário que a Copel deverá pagar pela renovação da concessão de três usinas hidrelétricas, em operação atrelada à oferta de privatização. Em paralelo, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Paraná deverá fixar o preço mínimo para que o governo venda suas ações na oferta. Assim como no caso da Eletrobras, esse preço não se tornará público.
Procurada, a Copel disse que não iria comentar.
(* com informações da Reuters)