A pandemia atingiu em cheio o ambiente de negócios empresariais no Brasil, e a previsão é de que os reflexos sejam prolongados. Segundo dados da KPMG, entre o primeiro e o segundo trimestre deste ano, o número total de fusões e aquisições de empresas caiu 20%, para 228 transações.
A perspectiva é de que os números dos próximos meses continuem negativos. “Como transações desses tipos demoram meses para serem concretizadas, os impactos da pandemia ainda devem repercutir nos próximos trimestres”, disse Luis Motta, sócio-líder da área de Fusões e Aquisições da KPMG no Brasil, em nota.
No entanto, considerando a comparação de todo o primeiro semestre de 2020 com o mesmo período do ano anterior, a queda foi menor, de 5,5%. O número total de fusões e aquisições nos primeiros seis meses de 2020 foi de 513, ainda segundo a KPMG.
Países e setores
A maioria dessas operações (71%) é formada por negócios entre empresas de capital brasileiro. Já as transações em que empresas estrangeiras adquiriram de brasileiros companhias estabelecidas no país foram 24% dos negócios. Entre as transações fechadas que envolveram estrangeiros, o país com maior participação nas negociações foram os Estados Unidos, seguido pelo Canadá.
Na divisão por setores, o destaque ficou para o de empresas de internet, com 149 operações. Na segunda colocação da lista ficou o segmento de tecnologia da informação, com 61.
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