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Negócios

Tudo sobre a compra da Easynvest pelo Nubank

Samy Dana e Dony De Nuccio conversam com Cristina Junqueira, cofundadora do Nubank, e Fernando Miranda, CEO da Easynvest.

Cristina Junqueira, cofundadora do Nubank, e Fernando Miranda, CEO da Easynvest, participaram nesta terça-feira (22) de uma entrevista com Samy Dana e Dony De Nuccio. O assunto do dia foi a compra da Easynvest pelo Nubank. (Veja a entrevista completa no vídeo acima)

Cristina contou que os clientes do Nubank já pediam há muito tempo soluções para investimentos. “Investimentos é uma área que já estava nos nossos planos, os clientes pediam muito, só que a gente não sabia nada disso”, conta. “Começar do zero ia ser muito mais difícil e demorar muito mais.”

Miranda também comentou sobre as expectativas sobre o negócio, que ocorreu em um momento em que a corretora “vem crescendo muito”. “A gente queria um parceiro que pudesse acelerar ainda mais esse crescimento, trazer expertise de tecnologia e usabilidade para nos ajudar ainda mais, mas era muito importante – e isso não foi tão fácil de achar – que fosse um parceiro que falasse a mesma língua.”

O negócio

A transação, anunciada no dia 10 de setembro, será feita por meio da troca de ações e por pagamento em dinheiro. A operação ainda precisa do aval do Banco Central e CADE.

Com a aquisição de uma das maiores corretoras do país, o Nubank deu um passo decisivo para entrar na esfera dos investimentos, que vem conquistando um número cada vez maior de pessoas físicas. O número de CPFs cadastrados na base da B3 alcança quase 3 milhões até a última medição oficial, um aumento de 76% desde o final de 2019.

Varejo e tecnologia no DNA

Fundada como Título Corretora S/A em 1968, a Easynvest iniciou sua atuação como intermediária de investimentos com foco na bolsa de valores. Foi nos anos de 1990, com o advento da internet e a criação do pregão eletrônico, que a companhia entrou de cabeça no mundo digital. Lançou em 1999 uma das primeiras plataformas online de compra e venda de ações do país (home broker), que recebeu o nome de Easynvest.

A partir de 2012, a corretora expandiu sua atuação para além do mercado de renda variável, passando a oferecer produtos de renda fixa como o Tesouro Direto. A estratégia ganhou foco no investidor pessoa física, com todos os esforços voltados para uma vertente de educação financeira, que permanece no DNA da empresa até hoje. Foi o passo necessário para, em 2014, a corretora rebatizar seu nome com a razão social da Easynvest, momento no qual foi lançado um novo portal de investimentos 100% digital.

A Advent International, uma das maiores empresas de private equity do mundo, anunciou a aquisição de parte relevante da Easynvest em 2017, por R$ 200 milhões. O negócio aconteceu no ano seguinte à conquista da corretora como líder em número de investidores do Tesouro Direto, com uma base de 100 mil.

Nubank no mundo dos investimentos

O Nubank, hoje o maior banco digital independente do país, foi fundado em 6 de maio de 2013 pelo colombiano David Vélez. Iniciou suas operações como um cartão de crédito em 2014, evoluiu para um banco digital com operações reduzidas a partir da criação da Nuconta e passou a oferecer um menu de investimentos básicos com retorno automático de 100% do CDI atrelado à conta de pagamentos. 

MAIS: Entenda a trajetória de um dos unicórnios brasileiros, o Nubank

Hoje, a fintechs abocanha mais de 30 milhões de clientes nos 5.570 municípios brasileiros, mais que o dobro do final de 2019. No primeiro semestre de 2020, a startup financeira registrou prejuízo de R$ 95 milhões, queda de 32% em relação ao período anterior. Desde sempre, o banco digital defende que o resultado negativo é uma decisão estratégica para crescer e abocanhar o mercado.

Com a compra da Easynvest, o banco digital faz sua terceira aquisição em 2020. No começo do ano, adquiriu a consultoria de tecnologia Plataformatec e a empresa americana de engenharia de software Cognitect há dois meses.

O Nubank passou da marca de US$ 1 bilhão em valor de mercado em março de 2018, entrando para o time de “unicórnios” brasileiros, após receber investimentos de fundos da China e da Rússia. Em julho de 2019, foi a primeira startup brasileira a se tornar um “decacórnio”, avaliada em mais de US$ 10 bilhões.

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