O banco de Wall Street está avaliando alternativas para sua unidade de consultoria de investimentos registrada, chamada Personal Financial Management (PFM), que administra cerca de US$ 29 bilhões, disse o grupo financeiro em um comunicado.
A mudança de estratégia ocorre após seu presidente-executivo, David Solomon, ter reorganizado a empresa em três unidades no ano passado e reduzido as ambições de seu negócio de consumo, que teve perdas de US$ 3 bilhões nos últimos três anos.
17/11/2021
REUTERS/Andrew Kelly
O Goldman também está avançando com a venda de seu negócio de tecnologia financeira, a GreenSky, e também se desfez da maior parte de seus empréstimos ao consumidor sem garantia depois de interromper esse tipo de empréstimo no ano passado.
“Isso faz parte da reestruturação geral da empresa, de volta às suas raízes”, disse Stephen Biggar, analista da Argus Research.
“Eles não conseguiram encontrar um caminho para a rentabilidade e escala” para a RIA, que atendia a indivíduos de alto patrimônio líquido em mercados de massa fora do núcleo de clientes super-ricos do Goldman, acrescentou Biggar.
O Goldman se recusou a comentar os ganhos da PFM.
O banco norte-americano comprou a unidade, anteriormente conhecida como United Capital Financial Partners, por 750 milhões de dólares em 2019, quando gerenciava cerca de 25 bilhões de dólares em fundos.
A compra tinha como objetivo ampliar a lista de clientes do Goldman além dos super-ricos, mas a unidade permaneceu sendo uma pequena parte do negócio de gestão de patrimônio do banco. O braço de patrimônio privado do Goldman supervisiona 1 trilhão de dólares em ativos para clientes super-ricos.
O negócio de gestão de patrimônio do Goldman ficou atrás de seus concorrentes, incluindo o Morgan Stanley, cujo presidente-executivo, James Gorman, construiu o braço de gestão de patrimônio por meio de uma série de aquisições que geram receita estável a partir de taxas.