O HSBC (H1SB34) teve lucro mais que três vezes maior no primeiro trimestre, em um desempenho acima do esperado pelo mercado, impulsionado pela alta de juros. O resultado fez o grupo anunciar o primeiro dividendo aos acionistas desde 2019.
Os balanços publicados pelo HSBC e pelo rival asiático DBS nesta terça sinalizam como as políticas agressivas de aumento de juros em várias economias têm impulsionado as margens de lucro do setor financeiro, embora tenham também disparado turbulências no setor com colapsos de bancos nos Estados Unidos e na Europa.
Na segunda-feira (1), autoridades fizeram uma intervenção no norte-americano First Republic Bank e venderam seus ativos para o JPMorgan Chase, em um acordo para resolver o maior colapso de um banco dos EUA desde a crise financeira internacional de 2008.
Com o ciclo de alta de juros perto do pico, o desafio para o HSBC, maior banco da Europa, e seus pares será sustentar as margens este ano e após.
O presidente-executivo do HSBC, Noel Quinn, afirmou que os resultados mostraram a força do banco no cenário de juros em alta, e minimizou os riscos de maior contágio de crises no setor.
“Não acreditamos que há uma crise bancária global no horizonte. Não vemos impacto negativo em nossos negócios” como consequência do resgate do First Republic Bank, disse Quinn em conferência com analistas.
O HSBC teve lucro antes de impostos de US$ 12,9 bilhões no primeiro trimestre ante US$ 4,2 bilhões um ano antes. O mercado, em média, esperavam resultado positivo de US$ 8,64 bilhões, segundo média de 17 previsões de analistas compilada pelo banco.
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