A InterCement Brasil entrou com pedido de recuperação judicial perante a 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Estado de São Paulo. A RJ envolve também sua controladora, a Mover (ex-Camargo Corrêa), conforme fato relevante da companhia divulgado na noite desta terça-feira (3).
Depois de pedir recuperação extrajudicial em setembro, a InterCement afirmou que, apesar dos esforços em busca de reestruturação e equacionamento das obrigações financeiras, não foi possível chegar a um acordo com os credores de seus R$ 14,2 bilhões em dívidas.
“A medida conferirá estabilidade às sociedades requerentes, preservando a sua capacidade de gerar valor para seus clientes, empregados, fornecedores, parceiros e demais stakeholders, bem como de cumprir sua função social”, acrescentou.
A companhia disse também que a recuperação judicial vai permitir que tais negociações sejam concluídas em “tempo hábil”, independentemente de eventual processo de venda de ativos, dada sua “robusta capacidade de geração de caixa”.
“Em razão do pedido de recuperação judicial, o acordo de exclusividade para a potencial venda de ações representativas de 100% do capital social da ICP não se encontra mais vigente”, afirmou a fabricante de cimento no documento.
A recuperação judicial paralisa as negociações para a venda da InterCement para a CSN Cimentos, que tinha acordo de exclusividade para negociar a aquisição. Uma cláusula do acordo entre as empresas previa que, caso a InterCement pedisse RJ, a exclusividade seria anulada.
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