A resseguradora IRB Brasil (IRBR3) anunciou no final da noite de quarta-feira uma oferta pública primária de ações que pode levantar até R$ 1,2 bilhão a serem utilizados para reenquadramento dos indicadores regulatórios junto à Susep, autarquia que regula o setor de seguros.
O IRB reportou resultados do segundo trimestre na semana passada, com insuficiência do patrimônio líquido ajustado em relação ao capital mínimo requerido no montante de R$ 614 milhões e não enquadramento da cobertura de provisões técnicas e liquidez regulatória de R$ 730 milhões.
A empresa já havia dito que avaliava uma potencial captação no mercado.
O IRB vai ofertar, inicialmente, até cerca de 597 milhões de ações ao mercado, montante que pode ser elevado em até 200%, quase 1,2 bilhão de ações, caso haja excesso de demanda pelos papéis, segundo prospecto da oferta.
Com base no preço de fechamento da ação do IRB na quarta-feira, a R$ 2,01, a companhia pode captar R$ 1,2 bilhão, sem considerar o lote adicional.
O valor é meramente indicativo, já que a definição do preço por ação ocorrerá em 1° de setembro, após discussão com mercado. No entanto, o IRB observa no prospecto que pelo seu estatuto social só pode elevar o capital em até R$ 1,2 bilhão. Assim, o lote adicional só seria usado caso a oferta saia por um preço inferior a 2,01 reais.
O Bradesco BBI é o coordenador líder da oferta, que é restrita, ou seja, aberta apenas a certos tipos de investidores. Itaú BBA e Santander também fazem parte do sindicato de bancos que assessora a operação.
O Bradesco e o Itaú Unibanco são os dois maiores acionistas da companhia, com participação, por meio de suas respectivas unidades de seguros, de 15,8% e 11,5%.
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