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Valor final do leilão de 5G ficou em R$ 46,79 bilhões

Sobre os lotes que não foram arrematados, Faria afirmou que os espectros poderão ser negociados em breve.

Objetos impressos em 3D representando 5G são colocados em uma placa-mãe 24/04/2020 REUTERS/Dado Ruvic

O leilão do 5G realizado na quinta-feira (4) e nesta sexta-feira (5), teve como saldo um valor econômico final de R$ 46,79 bilhões, a partir dos lotes leiloados nas faixas de 700 MHz, 3,5 GHz, 2,3 GHz e 26 GHz. O ágio médio em relação ao preço mínimo foi de 218%, e de 12% em relação ao valor econômico.

O ministro das Comunicações, Fabio Faria, afirmou que o certame “superou todas as expectativas”. “Temos certeza que todos os valores arrecadados serão convertidos em benfeitorias”, disse o ministro em coletiva à imprensa sobre os resultados do leilão. “Foi o maior leilão da história da América Latina na telecomunicação e o segundo maior do Brasil, atrás apenas do pré-sal”, comentou.

Sobre os lotes que não foram arrematados – o que aconteceu principalmente na faixa de 26 GHz -, Faria afirmou que os espectros poderão ser negociados em breve. O ministro e os técnicos da Anatel, no entanto, não apontaram para um período específico e nem divulgaram a quantidade final de lotes que não foram arrematados.

“O entendimento que nós temos é que se em algum momento próximo for oportuno republicar, seria basicamente uma republicação do edital nos mesmos termos, não seria um novo leilão”, afirmou o conselheiro Carlos Baigorri.

Dos lotes arrematados, na faixa de 700 MHz, o valor econômico final foi de R$ 3,57 bilhões, com ágio de R$ 1,27 bilhão.

Para a faixa de 3,5 GHz, nacional, o valor econômico final ficou em R$ 22,79 bilhões, ágio de R$ 145 milhões, e regional, R$ 7,92 bilhões e R$ 1,88 bilhão, respectivamente.

Já na faixa de 2,3 GHz (bloco de 50 MHz), o valor econômico final arrecadado foi de R$ 5,96 bilhões, e ágio de R$ 1,09 bilhão.

No bloco de 40 MHz, os números foram de R$ 3,49 bilhões e R$ 653 milhões, respectivamente.

Enfim, na faixa de 26 GHz, o valor econômico final somou R$ 3,03 bilhões, com ágio de R$ 54 milhões.

Confira os vencedores da faixa 26 GHz abaixo.

Lotes da faixa 26 GHz

A Telefônica Brasil arrematou três lotes de abrangência nacional (G03, G04 e G05) por R$ 52,824 milhões cada. Eles estão na faixa 26 GHz e têm como compromisso a implementação de projetos de conectividade de escolas.

O restante dos lotes do tipo G (G06 a G10), que contam com bloco de 200 MHz, não foram arrematados, declarados desertos por falta de garantias válidas. “De G06 a G10 não há garantia de manutenção de proposta de preço. Pela inexistência de garantia válida para esses lotes, serão declarados desertos”, afirmou o presidente da Comissão Especial de Licitação do 5G na Anatel, Abraão Balbino e Silva.

A Tim, por sua vez, arrematou o lote H31 na faixa de 26 GHz por R$ 12 milhões e ágio de 5,97% para prestação de serviços no Estado de São Paulo, com exceção de alguns municípios paulistas.

Nesta faixa, as empresas devem atender com 5G redes empresariais em setores como da Indústria, Mineração, Logística e Agronegócio. As empresas que arrematam a faixa têm como compromisso a implementação de projetos de conectividade de escolas.

Já os lotes H32 a H36, também na faixa de 26 GHz para atender São Paulo, também foram declarados desertos.

Lotes regionais da faixa 26 GHz

Dezoito lotes do tipo H na faixa 26 GHz, regionais, também foram declarados desertos. Esses blocos, de 200 MHz, eram voltados para a prestação de serviços no Norte (H01 a H06), Nordeste (H07 a H12), e Centro-Oeste (H13 a H18).

Os lotes leiloados nesta faixa impõem o compromisso de implementação de projetos de conectividade de escolas. Anteriormente, a Claro e a Telefônica Brasil arremataram cinco lotes (dois pela Claro e três pela Telefônica) que têm esse mesmo objetivo, mas são de abrangência nacional.

A Tim arrematou o Lote H19, na faixa 26 GHz, para prestação de serviços na Região Sul, com uma proposta de R$ 8 milhões e ágio de 6,12%. Nesta faixa, as empresas devem atender com 5G redes empresariais em setores como da Indústria, Mineração, Logística e Agronegócio.

As empresas que arrematam a faixa têm como compromisso a implementação de projetos de conectividade de escolas. Já os lotes H20 a H24, também para a Região Sul, na faixa de 26 GHz não receberam propostas.

A Tim também arrematou o lote J26, na faixa de 26 GHz, para atender os Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais, exceto alguns municípios mineiros, com uma proposta de R$ 6 milhões e ágio de 18,42%.

Nesta faixa, as empresas devem atender com 5G redes empresariais em setores como da Indústria, Mineração, Logística e Agronegócio. A empresa que arremata o lote tem como compromisso a implementação de projetos de conectividade nas escolas.

Já os lotes J27 a J30, para atender os mesmos Estados (RJ, ES e MG), foram declarados vazios, por não receberem proposta de preço.

Antes, a TIM já havia arrematado o lote J20, na faixa de 26 GHz, para atender a Região Sul com uma proposta de R$ 4 milhões e ágio de 6,12%. Já os lotes J21 a J24, também para a Região Sul, foram declarados vazios, por não receberem propostas de preço.

Por último, a TIM arrematou o lote J33, na faixa de 26 GHz, para atender o Estado de São Paulo, com exceção de alguns municípios paulistas, com uma proposta de R$ 6 milhões. Já os lotes J34 a J36 foram declarados vazios.

Nesta faixa, as empresas devem atender com 5G redes empresariais em setores como da Indústria, Mineração, Logística e Agronegócio. As empresas que arrematam o lote têm como compromisso a implementação de projetos de conectividade nas escolas.

Os municípios paulistas que ficam de fora do lote J33 são: Altinópolis, Aramina, Batatais, Brodósqui, Buritizal, Cajuru, Cássia dos Coqueiros, Colômbia, Franca, Guaíra, Guará, Ipuã, Ituverava, Jardinópolis, Miguelópolis, Morro Agudo, Nuporanga, Orlândia, Ribeirão Corrente, Sales de Oliveira, Santa Cruz da Esperança, Santo Antônio da Alegria e São Joaquim da Barra.

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