O esclarecimento, enviado ao mercado na noite desta quinta-feira (13), foi divulgado em resposta ao questionamento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) após notícia publicada pelo jornal Valor Econômico.
A matéria afirma que a Light e credores estariam discutindo captação via FIDC de até R$ 2 bilhões “para a companhia continuar financeiramente viável até a renovação da concessão da distribuidora de energia Light Sesa”.
“A companhia esclarece que não procede a informação constante na notícia de que estaria em discussões com credores acerca de potencial captação de recursos por meio de Fundo de Investimento em Direitos Creditórios”, disse a empresa em comunicado.
A empresa afirmou, entretanto, que “como é comum em cenários como o enfrentado pela companhia, todas as opções devem ser consideradas” e que, nesse sentido, “permanece analisando, em conjunto com os seus assessores, potenciais alternativas para implementar a pretendida readequação e/ou equalização das obrigações financeiras que são objeto da Ação de Tutela Cautelar Requerida em Caráter Antecedente (Medida Cautelar)”.
Medida Cautelar
A empresa iniciou, em março, conversas com credores para renegociar dívidas, em um esforço para melhorar sua estrutura de capital e preservar o caixa.
No último dia 11, ajuizou medida cautelar com pedido de liminar para suspender temporariamente a exigência de pagamento de “certas obrigações financeiras”.
No dia seguinte, a justiça concedeu a medida cautelar, que permitirá a suspensão temporária de cerca de R$ 11,1 bilhões em obrigações financeiras da companhia de energia.
Segundo informações da Reuters, a decisão suspende pagamentos de dívidas financeiras e os efeitos de decretação de vencimentos antecipados ou amortização acelerada já ocorridos pelo prazo de 30 dias, prorrogável pelo mesmo período, e também determina a instauração do procedimento de mediação entre as partes, conforme solicitado pela Light.
No ano, as ações da Light acumulam uma queda superior a 54%.