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Lucro do Itaú no 3º trimestre vem dentro do esperado

Maio banco da América Latina registrou lucro recorrente de R$ 8 bilhões, alta de 19.2%.

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Crédito: Adobe Stock

O Itaú Unibanco (ITUB4) anunciou nesta quinta-feira (10) que teve lucro recorrente de R$ 8,079 bilhões no terceiro trimestre, aumento de 19,2% ante mesmo período de 2021.

O resultado veio quase em linha com a previsão média de analistas consultados pela Refinitiv, de R$ 8,11 bilhões para o período, uma vez que maiores receitas com crédito compensaram o aumento das despesas com provisões para calotes, que cresceram em ritmo mais moderado do que seus principais rivais privados.

O desempenho garantiu um aumento ano a ano de 1,03 ponto percentual da rentabilidade no recorrente sobre o patrimônio líquido, para 21%, ao contrário de Bradesco (BBDC4) e de Santander Brasil (SANB11), cujas rentabilidades caíram.

Embora o chamado custo do crédito – que mede a provisão para perdas esperadas com inadimplência, menos valores recuperados – tenha subido 52,7% sobre mesma etapa de 2021, a cerca de R$ 8 bilhões, refletindo a deterioração da carteira, isso aconteceu em ritmo menor do que dos rivais.

No fim de setembro, o índice de inadimplência acima de 90 dias do Itaú era de 2,8%, alta sequencial de 0,1 ponto e de 0,2 ponto ano a ano. Além disso, o chamado NPL Creation, espécie de prévia da inadimplência, teve queda “em todos os segmentos”, afirmou o banco. O banco vendeu carteiras ativas sem retenção de riscos com valor de face de R$ 606 milhões.

Na outra ponta, a carteira de crédito total do Itaú fechou o trimestre em R$ 1,1 trilhão, alta de 15,5% em 12 meses, em ritmo também superior ao de Bradesco e Santander, com destaque para as linhas de crédito pessoal (+34,4%), cartão de crédito (+32,7%) e crédito imobiliário (+27,4%).

Com isso, a margem financeira com clientes do Itaú no trimestre evoluiu 33%, para R$ 23,4 bilhões. O banco citou o impacto positivo da Selic na margem de passivos e da taxa de juros pré-fixada no capital de giro próprio. Por outro lado, o resultado da tesouraria encolheu 73%, para R$ 516 milhões.

Em outra frente, as receitas de serviços e seguros cresceram 5,9%, enquanto as despesas administrativas alcançaram R$ 13,9 bilhões, aumento de 8,7%, com impulso da área de cartões sendo compensadas por menores receitas com administração de recursos.

O banco manteve suas previsões de desempenho para 2022.

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