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Maioria dos consumidores deseja comprar um carro elétrico, diz pesquisa

EY Mobility Consumer Index (MCI) foi realizada em 18 países da Europa, Ásia e América no Norte.

O desejo de consumidores de ter um carro próprio e a preferência por veículos elétricos (EVs) continuam crescendo. A constatação é da pesquisa EY Mobility Consumer Index (MCI) 2022, que acaba de ser divulgada. Pela primeira vez, mais da metade (52%) dos entrevistados que planejam comprar um carro afirma que vai escolher um veículo totalmente elétrico, híbrido plug-in ou híbrido. 

A MCI – realizada com quase 13 mil consumidores em 18 países da Europa, Ásia e América do Norte – mapeou intenções de compra desde o início da pandemia, em 2020. Quase a metade deles – 45% – diz que pretende comprar um carro nos próximos 24 meses, um aumento de 12% em relação à pesquisa de 2021. Quase dois terços (63%) pretendem comprar nos próximos 12 meses. A maioria quer carros novos: 32% contra 12% dos que pretendem comprar usado. 

Houve um aumento no desejo de consumidores de possuir seu próprio veículo, com 63% na pesquisa de 2022 dizendo que o acesso constante a um carro pessoal é muito importante para eles (acima de 57% em 2020) e 60% afirmando que sua segurança ou bem-estar é melhor atendido por um veículo pessoal (acima de 52%). Apenas 16% dizem que estariam abertos ao aluguel de carros ou serviços de assinatura como alternativa à compra. 

De acordo com a pesquisa, estima-se que a demanda por carros seja maior na China, Índia e México, onde 75%, 75% e 66%, respectivamente, dizem que é “extremamente provável” a opção de compra, enquanto Suécia, Cingapura e Japão – 33%, 27% e 20%, respectivamente — apresentam menor nível de demanda. 

Carros elétricos são as estrelas 

A confiança nos EVs está aumentando rapidamente. Pela primeira vez, mais da metade dos consumidores (52%) que pretendem comprar um carro nos próximos 24 meses diz que escolherá um veículo elétrico ou híbrido. Isso representa um aumento de 11% em relação a 2021 e 22% comparando com 2020. A crescente confiança na tecnologia também se reflete no salto na preferência por veículos totalmente elétricos, de 7%, em 2020, para 20%, em 2022. 

À medida que a preferência por EVs cresce, as motivações para escolher um modelo estão mudando. Os “green early adopters”, cujos principais impulsionadores são ambientais, estão se unindo aos compradores com preocupações financeiras. As preocupações ambientais também são uma prioridade menor para os compradores de veículos elétricos, pela segunda vez, do que para aqueles que consideram sua primeira compra de veículos elétricos. 

A infraestrutura de carregamento continua sendo uma barreira, aponta o levantamento da EY. O acesso e a velocidade de cobrança são o principal inibidor para possíveis compradores, já que outras preocupações sobre os altos custos iniciais e a ansiedade de alcance estão reduzindo. 

A pesquisa mostra que o desejo do consumidor por EVs é maior na Itália, Espanha e Noruega, na Europa; e China, Coreia do Sul e Cingapura, na Ásia. Enquanto o sentimento na América do Norte deve ficar atrás do resto do mundo, com intenção abaixo da média nos EUA, Canadá e México. 

Mercado no Brasil 

Com 3.387 emplacamentos, as vendas de veículos leves eletrificados voltaram a crescer em maio, retomando a curva ascendente do início do ano e recuperando parte da queda de abril em relação a março, segundo dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). O aumento foi de 8,5% sobre abril (3.123) e de 9% sobre maio de 2021 (3.102). O destaque do mês foram os comerciais leves elétricos, que saltaram de 14 unidades emplacadas em abril para 59 em maio (aumento de 321%) – ainda assim, abaixo das 97 unidades de março. 

No acumulado do ano, foram 16.354 eletrificados vendidos de janeiro a maio, um crescimento de 54% sobre os 10.392 dos cinco primeiros meses de 2021. “Estamos vendo os primeiros efeitos das iniciativas de prefeitos de várias cidades em defesa do transporte limpo, e das políticas de ESG das empresas de transporte de carga urbana e grandes redes do varejo”, explica o presidente da ABVE, Adalberto Maluf.

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