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Lucro da Marfrig mais que dobra no 3º tri para R$ 1,67 bi

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado somou R$ 4,73 bilhões no período, com salto de 115,6% no ano a ano.

Marfrig

A Marfrig Global Foods (MRFG3) reportou lucro líquido de R$ 1,67 bilhão no terceiro trimestre, uma expressiva alta de 148,7% ante o mesmo período do ano passado, em meio a fortes resultados da operação da empresa na América do Norte, conforme balanço divulgado nesta terça-feira.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado somou R$ 4,73 bilhões no período, com salto de 115,6% no ano a ano, sendo que 95% do valor se deve ao Ebitda da unidade norte-americana que compensaram adversidades no Brasil.

A Operação América do Norte –liderada pela National Beef– registrou novos recordes de resultados, beneficiada pela recomposição dos estoques da cadeia de food-service, o cenário econômico ainda impulsionado pelos estímulos financeiros do governo federal e pela sazonalidade do período.

Segundo o CEO da unidade norte-americana, Tim Klein, o terceiro trimestre é historicamente o mais forte na região.

Em 2021, porém, além de aumentar o volume de vendas no período, a companhia também foi beneficiada por um incremento de preços nos Estados Unidos e nos mercados internacionais.

“Os fundamentos da indústria permanecem a nosso favor, temos um amplo abastecimento de gado… No quarto trimestre teremos oferta parecida com a do terceiro. Não vamos ter a mesma margem Ebitda do terceiro trimestre, mas vai continuar muito forte”, disse ele a jornalistas.

Depois de alcançar 26,8% no terceiro trimestre, a expectativa de Klein é que a margem Ebitda da empresa na América do Norte se mantenha ao menos em dois dígitos no quarto trimestre deste ano.  

A importância da unidade também aparece na receita líquida da Marfrig, que totalizou R$ 23,6 bilhões no trimestre, crescimento de 40,4% na comparação anual, sendo 71% provenientes da América do Norte.

O mercado doméstico dos Estados Unidos segue como maior consumidor dos produtos oferecidos pela unidade americana, com uma fatia de 88%. Entre os compradores internacionais, Japão e Coreia do Sul geraram 62% das receitas de exportação da National Beef.

Neste contexto, o fluxo de caixa livre gerado pela Marfrig foi de R$ 3,770 bilhões no trimestre. Além disso, foram pagos R$ 958,4 milhões em dividendos para todos os acionistas da Marfrig (equivalente a cerca de R$ 1,40 por ação), e R$ 784 milhões a minoritários da National Beef.

O índice de alavancagem, medido pela relação entre dívida liquida e Ebitda ajustado, ficou em 1,10 vez em reais ou 0,35 vez inferior ao índice medido no trimestre anterior, o menor nível histórico da companhia.

América do Sul

O CEO da Operação América do Sul da Marfrig, Miguel Gularte, disse que a companhia tem conseguido cumprir os contratos de exportação que haviam sido fechados entre Brasil e China por meio de embarques saindo das unidades na Argentina e Uruguai, visto que a venda da carne bovina brasileira segue suspensa pelos chineses devido a dois casos atípicos da doença “mal da vaca louca”.

“Estamos esperando a resposta das autoridades (sobre o embargo)… Na Operação América do Sul, até mesmo no caso da Ásia, temos uma situação que permanece sobre controle”, disse.

Ele disse que, enquanto isso, a companhia tem se beneficiado também de investimentos recentes no segmento de produtos industrializados, cujo consumo interno pode ter incremento até o quarto trimestre.

Gularte ressaltou também que a Marfrig já conta com seis unidades brasileiras habilitadas para exportar aos Estados Unidos, e até o fim do ano a expectativa é que mais duas sejam aprovadas para embarcar carne bovina ao país.

Na América do Sul, a Marfrig registrou receita líquida de R$ 6,9 bilhões no terceiro trimestre, um crescimento de 44,1% na comparação anual. Já o Ebitda ajustado da operação caiu 40,5%, para R$ 301 milhões.

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