O presidente-executivo da Tesla (TSLA34), Elon Musk, vendeu US$ 6,9 bilhões em ações da fabricante de veículos elétricos e disse que o montante levantado pode ser usado para financiar uma possível transação com o Twitter (TWTR34) caso ele perca a batalha judicial em curso com a rede social.
“No caso (espero improvável) em que o Twitter force o fechamento deste negócio *e* algumas parcerias com acionistas não se concretizem, é importante evitar uma venda emergencial de ações da Tesla”, disse ele em um tuíte na terça-feira.
No início de julho, Musk anunciou a saída de um acordo de US$ 44 bilhões para compra do Twitter. Posteriormente, a empresa de mídia social processou o bilionário para forçá-lo a concluir a transação. O caso vai a tribunal em 17 de outubro.
“O mercado vai ler por meio desta jogada de poker que as chances de um negócio com o Twitter são mais prováveis agora”, tuitou Dan Ives, analista da Wedbush Securities.
Quando perguntado, também no Twitter na terça-feira, se havia terminado de vender ações da Tesla, Musk disse que “sim”. Ele ainda afirmou que comprará papéis da fabricante novamente se o negócio com o Twitter não for fechado.
A Tesla não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da Reuters.
Musk, a pessoa mais rica do mundo, vendeu US$ 8,5 bilhões em ações da Tesla em abril e disse na época que não havia mais vendas planejadas. Mas, desde então, especialistas jurídicos sugeriram que, se o bilionário for forçado a concluir a aquisição do Twitter ou a pagar uma multa severa no âmbito do negócio, ele provavelmente alienará mais ações da montadora.
Musk vendeu cerca de 7,92 milhões de ações entre 5 e 9 de agosto, de acordo com vários registros regulatórios. Ele agora possui 155,04 milhões de ações da Tesla, pouco menos de 15% da montadora, segundo cálculos da Reuters.
As vendas totais de ações da Tesla por Musk subiram para cerca de US$ 32 bilhões em menos de um ano.
As ações da Tesla avançaram quase 15% desde que a montadora divulgou lucros acima do esperado em 20 de julho, também ajudada pela lei do governo Biden que, se aprovada, elevará o limite de créditos fiscais para veículos elétricos.
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