A Neoenergia (NEOE3) anunciou que sua distribuidora Coelba assinou com o International Finance Corporation (IFC), braço do Banco Mundial, um empréstimo vinculado a metas ambientais, sociais e de governança, no valor de R$ 550 milhões, e prazo de oito anos.
O financiamento contratado é uma dívida certificada como verde e se enquadra na categoria de “sustainability linked loan”. O contrato prevê que a Neoenergia atinja algumas metas, as quais serão apuradas em 2026 e, se atendidas, reduzirão o custo da dívida.
Segundo a elétrica controlada pela espanhola Iberdrola, o financiamento servirá a investimentos (capex) de sua distribuidora que atua na Bahia, como melhorias, digitalização e expansão da rede.
Esse é o primeiro financiamento da modalidade concedido pelo IFC a uma distribuidora de energia, disse a Neoenergia, e um dos primeiros “sustainability linked loan” de infraestrutura no Brasil e no setor de distribuição de energia na América Latina.
“Vincular esse financiamento a metas ambientais, sociais e de governança traz transparência à nossa atuação e reforça o nosso compromisso com o setor de energia do país”, disse em nota Eduardo Capelastegui, que assumirá o posto de CEO da Neoenergia nesta semana.
Entre as metas ambientais e de gênero previstas em contrato, a Neoenergia se comprometeu a reduzir o índice das emissões de carbono em suas unidades, atingindo emissões abaixo de 50g de gás carbônico por kilowatt gerado até 2026, e a promover a inclusão de mulheres no setor elétrico, alcançando 10,7% de mulheres eletricistas na Neoenergia em 2026.
No caso da ampliação da participação feminina, a empresa destacou que oferece oportunidades em seu projeto “Escola de Eletricistas”, já tendo formado mais de 400 mulheres e contratado cerca de 270 em distribuidoras do grupo desde 2017.
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