Helicóptero em plataforma da Petrobras na Bacia de Santos. Foto: Pilar Olivares/Reuters

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou nesta terça-feira (10) a inclusão de sete blocos exploratórios de petróleo e gás no pré-sal para a licitação em regime de partilha de produção prevista para junho de 2025, de acordo com nota do Ministério de Minas e Energia.

O órgão de aconselhamento da Presidência da República autorizou a inclusão dos blocos Cerussita, Aragonita, Rodocrosita, Malaquita, Opala, Quartzo e Calcedônia, localizados na Bacia de Santos, nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro.

As receitas de bônus de assinatura dos contratos dos novos blocos que serão leiloados poderão gerar R$ 874 milhões para a União, estimou o ministério.

Para esses blocos, a expectativa de arrecadação governamental é de mais de R$ 220 bilhões durante a vida útil dos projetos, com previsão de R$ 214 bilhões em investimentos no período.

Os novos blocos se juntam aos outros 17 já autorizados pelo CNPE anteriormente.

Com isto, o próximo leilão, previsto para junho, deverá ser o maior leilão do regime de partilha de produção em quantidade de blocos, segundo o ministério.

Navios-tanque

Paralelamente, o CNPE aprovou resolução que estabelece índices mínimos de conteúdo local para a construção de navios-tanque novos no Brasil, favorecendo a contratação de fornecedores nacionais, em uma diretriz perseguida pelo governo Lula para estimular a indústria brasileira, segundo o ministério.

“Estamos fortalecendo a indústria naval e dando atenção aos estaleiros nacionais, que enfrentam problemas de ociosidade com a competição de outros países”, disse o ministro Alexandre Silveira, em nota.

“Com a medida aprovada, vamos estimular a criação de empregos qualificados e trazer grandes investimentos para o setor naval do país, além de apoiar a ampliação da capacidade logística do setor de petróleo e derivados”, acrescentou o titular da pasta de Minas e Energia.

LEIA MAIS: Produção de petróleo da Argentina deve tirar Colômbia do pódio na América Latina

De acordo com a resolução, os novos navios-tanque deverão ter um índice mínimo global de 50% de conteúdo local, o que inclui bens produzidos e serviços prestados no Brasil durante a execução do contrato de construção.

O percentual abrange grupos de investimentos como serviços de engenharia, máquinas e equipamentos, além da construção e montagem das embarcações.