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Novo CEO da Starbucks desfaz o que antecessor tinha feito apenas seis meses antes

Niccol assumiu mais poder do que seu antecessor desde o primeiro dia

Brian Niccol, novo CEO da Starbucks

Brian Niccol, o novo CEO da Starbucks Corp., não perdeu tempo em reorganizar os cargos de liderança da empresa à sua maneira. O executivo reverteu várias mudanças implementadas por seu antecessor apenas seis meses antes.

Niccol eliminou o cargo de diretor global de produtos e merchandising, ocupado por Lyne Castonguay, uma posição criada pelo ex-CEO Laxman Narasimhan como parte de uma ampla reestruturação em março. Castonguay, responsável pelo desenvolvimento de produtos, insights de consumidores e ciência de dados, não faz mais parte da empresa, segundo informou um porta-voz da Starbucks em resposta a uma consulta da Bloomberg News.

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Desde que assumiu o cargo em 9 de setembro, Niccol tem agido rapidamente para enfrentar a queda nas vendas da empresa, após dois trimestres consecutivos de resultados negativos que levaram à saída surpresa de seu antecessor.

No segundo dia no comando, o ex-CEO da Chipotle Mexican Grill apresentou as linhas gerais de um plano para impulsionar o crescimento da Starbucks, tornando os cafés mais convidativos, melhorando a experiência dos funcionários e acelerando o atendimento nas manhãs. Além disso, ele busca consolidar a liderança necessária para atingir esses objetivos.

No mês passado, a Starbucks anunciou que Michael Conway, nomeado por Narasimhan como CEO da América do Norte, planejava se aposentar. Em vez de preencher o cargo de Conway, a Starbucks afirmou que nomearia um diretor global de marca, responsável por marketing, produto, criação, digital e dados — um cargo semelhante ao que Niccol criou na Chipotle quando assumiu como CEO em 2018.

“A Starbucks busca oferecer uma experiência de marca atraente e consistente em cada ponto de contato com o cliente”, disse um porta-voz sobre as mudanças. “Isso é melhor alcançado quando há uma responsabilidade clara sob um único líder – um diretor global de marca.”

Niccol também eliminou uma camada de gestão entre ele e Sara Trilling, presidente da América do Norte, que foca no crescimento das lojas e nos trabalhadores do varejo, e agora reportará diretamente a ele.

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Na China, Niccol nomeou Molly Liu como única líder do negócio no país. No ano passado, Liu havia sido nomeada co-CEO ao lado de Belinda Wong, que liderava o negócio desde 2011 e assumirá uma nova posição na unidade chinesa. Wong permanecerá como presidente, liderando a inovação e a estratégia de desenvolvimento. A Starbucks afirmou que a mudança faz parte de uma transição planejada de liderança.

Executivo experiente no setor de restaurantes, Niccol assumiu mais poder do que seu antecessor desde o primeiro dia. Ao contrário de Narasimhan, Niccol também assumiu o cargo de presidente do conselho, além de CEO, e evitou o programa de treinamento de cinco meses que seu antecessor realizou com o veterano Howard Schultz antes de assumir o comando.

A maior responsabilidade, no entanto, veio com altas expectativas dos investidores: as ações da Starbucks subiram mais de 26% desde que Niccol foi anunciado como CEO, em comparação com um aumento de cerca de 8% no índice S&P 500.

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