A executiva se mudou de São Paulo para a Flórida para supervisionar as operações internacionais do Nubank. “Agora estou baseada em Miami, então são três horas e meia de voo da Colômbia, três horas de voo da Cidade do México e, claro, isso me posiciona bem para eventualmente supervisionar nossas operações nos EUA”, disse ela.
“O Nubank vê o mercado americano como uma enorme oportunidade”, disse Cristina Junqueira, já que alguns estados americanos têm economias maiores até que a do Brasil. Aliás, o Brasil é atualmente o maior mercado da empresa. Mas a executiva disse que o processo de licenciamento leva tempo e que o Nubank está buscando uma oportunidade de longo prazo nos EUA.
Nubank contrata
O Nubank contratou vários executivos de tecnologia nos EUA este ano. Na semana passada, nomeou Michael Rihani, ex-diretor de produtos da Coinbase Global, como seu novo diretor de criptomoedas. Em agosto, contratou Eric Young, ex-Snap, para atuar como diretor de tecnologia.
O banco é atualmente a empresa financeira de capital aberto mais valiosa da América Latina, à frente do Itaú Unibanco.
“Este é um bom passo inicial para a expansão do mercado endereçável, considerando o tamanho do mercado americano”, disse Gustavo Schroden, analista do Citigroup. “No entanto, para os investidores, a principal preocupação é a possibilidade de a administração perder o foco.”
Cristina Junqueira afirmou que o Nubank não está abrindo mão de suas oportunidades de crescimento nos mercados onde ele já tem presença, como o Brasil, que ainda é sua única operação lucrativa. “Há muito espaço para quase dobrarmos nossa receita, mesmo com a atual base de clientes amadurecendo”, disse ela.
A cofundadora do Nubank também disse que a empresa ainda não vê muito impacto da intensificação da concorrência na América Latina com rivais como Mercado Livre e Revolut. “Há mais concorrência”, disse Cristina Junqueira. “Isso é ótimo, os clientes têm mais opções, mas não estamos vendo isso impactando nosso crescimento até agora.”