A Nu Holdings, controladora do Nubank (NUBR33), informou na noite desta segunda-feira (15) que registrou um lucro líquido ajustado de US$ 182,4 milhões no primeiro trimestre de 2023. No mesmo período do ano anterior, a fintech havia apresentado um lucro ajustado de US$ 10,1 milhões.
O lucro líquido contábil no primeiro trimestre foi de US$ 141,8 milhões – no mesmo período de 2022, o resultado havia ficado negativo em US$ 45,1 milhões.
A receita do banco digital avançou 87% no período frente a um ano antes, atingindo US$ 1,6 bilhão, recorde histórico, em base neutra de câmbio. Segundo o Nubank, isso é resultado de um efeito composto do crescimento no número de clientes e níveis mais altos de monetização de clientes no Brasil, que responderam por US$ 1,5 bilhão das receitas do trimestre.
Já o índice de Basileia encerrou o trimestre em 18,7% no Brasil, acima do mínimo requerido de 10,5%. O banco também informou possuir mais de 2 bilhões de dólares em excedente de fluxo de caixa.
Índices de liquidez e rentabilidade
Quanto à liquidez, o banco digital informou que, em 31 de março de 2022, tinha um portfólio que rende juros de US$ 5,2 bilhões, enquanto os depósitos totais eram três vezes esse valor: US$ 15,8 bilhões. O banco digital informou que continua otimizando seus depósitos, o que se reflete em uma proporção de empréstimos para depósitos de 33%.
A fintech teve rentabilidade sobre patrimônio de 37%. E o índice de eficiência ficou também em 37%, queda ante os 47,4% do final de 2022. Quanto menor o índice, melhor o resultado.
“Seguimos altamente capitalizados, com excesso de liquidez, operamos uma plataforma de baixo custo e continuamos a aumentar o nosso portfólio de produtos e o engajamento dos nossos clientes. Nossa operação no Brasil tem comprovado consistentemente o sucesso do nosso modelo de negócios, atingindo um lucro líquido de US$ 171 milhões e um ROE de 37% no trimestre”, disse em comunicado à imprensa David Vélez, fundador e CEO do Nubank.
Número de clientes
O Nubank completou 10 anos de existência esta semana, após apresentar forte expansão na base de clientes, atingindo 79,1 milhões, um aumento de 33% frente aos três primeiros meses do ano anterior, conforme comunicado divulgado junto dos resultados financeiros.
No Brasil, o total de clientes aumentou 31%, atingindo 75,3 milhões, o que corresponde a 45% da população adulta do país, contra 44% no período anterior.
O número de clientes investidores no Brasil aumentou 130% no primeiro trimestre de 2023 ante o mesmo período de 2022, com mais de 9,2 milhões de usuários ativos. O salto em ativos sob custódia foi de cerca de 36%, chegando a mais de R$ 47,6 bilhões em um ano.
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Inadimplência
A fintech reportou inadimplência medida pelo índice de operações vencidas há mais de 90 dias de 5,5% no primeiro trimestre. No final de 2022, o índice era de 5,2%.
Já o índice de inadimplência entre 15 e 90 dias alcançou 4,4%, permanecendo 10 pontos-base abaixo da tendência histórica. De acordo com a fintech, tradicionalmente esse indicador tem aumentado 80 pontos-base no primeiro trimestre de cada ano.
Resultado do 4º tri de 2022
No quarto trimestre de 2022, a fintech havia registrado lucro líquido ajustado de US$ 113,8 milhões. Já no acumulado do ano passado, o banco digital teve lucro líquido ajustado US$ 204,1 milhões.
*Notícia em atualização