A Oncoclínicas contratou o Rothschild para a condução do processo de aumento de capital na empresa. O Bradesco foi consultado pela empresa, mas optou por não seguir com a operação. Segundo apurou o InvestNews, a ideia é abater o endividamento elevado na empresa, com alavancagem hoje avaliada em 4,4 vezes. 

O aumento de capital envolverá majoritariamente a conversão de debêntures em equity, mas não está descartada a possibilidade de aportes por parte dos acionistas. Como os títulos de dívida não são conversíveis caberá aos debenturistas a prerrogativa de participar ou não da rodada. Uma fonte a par das tratativas estima que o processo poderá transformar pelo menos R$ 800 milhões de dívidas em equity.

O modelo será colocado em pauta na próxima Assembleia Geral Extraordinária (AGE) convocada para o dia 9 de setembro.

Desinvestimentos

Com endividamento elevado, a empresa tem sido forçada a se desfazer de ativos considerados não estratégicos. Nas últimas semanas, a Oncoclínicas vendeu o Hospital de Oncologia do Méier, no Rio de Janeiro, para a Hapvida, por R$ 5,3 milhões. 

Também foi firmado um acordo por uma fatia de 84% no Complexo Hospital Uberlândia (UMC), em Minas Gerais, para Alexandre de Menezes Rodrigues, um dos fundadores do empreendimento, por R$ 160 milhões.

A ideia, segundo adiantou o InvestNews, é que a empresa se desfaça de todos os ativos que não tenham o tratamento oncológico como base. A corrida para a venda dos ativos tem a ver com o covenant de dívida líquida sobre Ebitda da empresa, que não poderá estar acima de 3,5 vezes ao fim do quatro trimestre deste ano.