A Petrobras avalia eventualmente comprar a participação da Novonor (ex-Odebrecht) na Braskem que está à venda, caso não haja um interessado, e buscar sozinha posteriormente um sócio para o ativo, afirmou na véspera o CEO Jean Paul Prates, em entrevista em vídeo à agência epbr, em Houston.
A Novonor tenta vender sua fatia na petroquímica há algum tempo, mas sem sucesso.
Recentemente, o grupo de Abu Dhabi Adnoc desistiu de seguir com negociações pela participação, após ter feito em novembro uma oferta não vinculante de 10,5 bilhões de reais.
“Não havendo comprador, a gente pode até eventualmente fazer a aquisição e sair de novo, fazer um ‘farm out’ de participação nós mesmos”, disse Prates.
“Ou podemos obviamente assistir todo esse processo (de venda), participar dele, e não exercer a opção ao final em função do sócio ser adequado e das proporções e dos acordos serem satisfatórios para nós.”
Em fevereiro, Prates havia dito à Reuters que tinha a expectativa de ter um sócio no ativo, para dividir a gestão.
Em comunicado na noite desta quarta-feira, a Petrobras informou que não há qualquer decisão tomada em relação à Braskem, “seja no sentido de exercer o direito de preferência, o tag along ou a compra da parte da Novonor na companhia”.
Atualmente, a Petrobras tem 36,1% do capital total da Braskem e 47% do capital votante da empresa, enquanto a Novonor detém participação de 50,1% no capital votante da Braskem e de 38,3% no capital total.
(Por Marta Nogueira; reportagem adicional de Patrícia Vilas Boas; edição de Roberto Samora e Fabrício de Castro)
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