O PicPay irá contratar os assessores financeiros para uma oferta primária de ações (IPO, na sigla em inglês) planejada para o próximo ano em Nova York, afirmaram à Reuters duas pessoas familiarizadas com o assunto.
Apesar de não ter selecionado formalmente nenhum integrante do consórcio, o banco digital pretende contratar o Citigroup, que está envolvido em suas negociações de IPO desde 2021, além de outros bancos, disseram as fontes.
Essa é a segunda vez que o PicPay busca listar suas ações no mercado norte-americano. Em 2021, o grupo fez preparativos para um IPO na Nasdaq, mas desistiu da oferta em razão de condições adversas do mercado.
O PicPay e o Citigroup não quiseram comentar o assunto.
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Como antes, o PicPay pretende listar suas ações na Nasdaq, que há anos atrai IPOs do setor de tecnologia com taxas mais baixas e requisitos de listagem mais simples.
Ainda não está decidido o volume de ações a ser vendido na oferta, mas o PicPay quer que seu IPO seja do tamanho “necessário”, de acordo com uma das fontes, reforçando que a concretização da operação depende de condições de mercado.
O banco digital vê 2025 como um ano promissor para um IPO em Nova York, uma vez que o Federal Reserve já começou a cortar os juros nos Estados Unidos e a eleição presidencial norte-americana terá ficado para trás.
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Além da captação de novos recursos, o IPO foi pensando para oferecer à PicPay visibilidade internacional e acesso a um grupo maior de investidores em tecnologia, disseram as fontes. O caixa levantado com o IPO ajudará a expandir as operações no Brasil, afirmaram as fontes.
Com sede em São Paulo, a empresa foi fundada em 2012 e comprada três anos depois pela holding J&F, que também controla negócios em outros segmentos, como o de alimentos com a JBS, energia com a Âmbar, papel e celulose com a Eldorado e bens de consumo com a Flora.
No primeiro semestre de 2024, o lucro líquido do PicPay somou R$ 61,8 milhões, um salto em relação ao lucro de R$ 2,5 milhões um ano antes e quase o dobro do resultado de 2023, em desempenho marcado por crescimento expressivo de receitas e aumento da rentabilidade.
Por Luciana Magalhaes e Paula Arend Laier
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